O Parque Natural Municipal Mata do Rio Uruguai Teixeira Soares de Marcelino Ramos, foi objeto de estudo de estudantes da graduação em Arquitetura e Urbanismo da URI, dentro da disciplina de Estudos Ambientais.
O trabalho desenvolvido teve por objetivo oportunizar o estudo e o contato com uma Unidade de Conservação (UC). A atividade nessas unidades é um campo ainda pouco explorado pelos Cursos de Arquitetura e Urbanismo, caracterizando-se, portanto, como um tema complementar na formação, em especial ao que tange à questão ambiental.
Com isso, os acadêmicos tiveram contato com o Plano de Manejo da UC e participaram de palestra que contemplou aspectos sobre a paisagem natural, geográficos, históricos e culturais da região. Também percorreram as trilhas (Passeio do Belvedere; Passador da Mata; Trilhos do Teixeira), ou seja, vivenciaram caminhos dentro do Parque onde existem pontos de parada, onde os visitantes, auxiliados por placas e painéis, também podem explorar o percurso sem o acompanhamento de um guia. A caminhada, guiadas por um profissional da UC e pela professora responsável pela disciplina, levou o grupo a observar, sentir, experimentar e questionar.
Outro aspecto explorado foi relacionado ao Centro de Visitantes. Construído com base nos princípios da arquitetura sustentável, utiliza pedras in natura, remetendo às taipas, características das propriedades da região; iluminação natural e aproveitamento da água das chuvas, além de possuir telhados verdes. Essas áreas, destinadas à visitação pública, são importantes, pois bem qualificadas, possibilitam que o visitante incorpore informações ambientais, compreendendo o significado da UC e a importância da conservação da natureza.
Segundo a professora Sônia Zakrzevski, que coordenou a atividade, o trabalho desenvolvido contribuiu para os estudantes refletirem sobre como o arquiteto urbanista pode colaborar na organização espacial de uma UC, em zonas, com seus respectivos graus de proteção e intervenção, de acordo com suas finalidades. Também como pode contribuir no desenvolvimento de conceitos e métodos para a inserção de arquitetura em áreas legalmente protegidas.
O Parque caracteriza-se como uma Unidade de Conservação (UC) de proteção integral, que foi implantado como medida compensatória da Usina Hidrelétrica Itá. Conta com 423 hectares, com o objetivo básico da preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. Além disso, oferece aos visitantes trilhas, mirantes, passarelas, auditório, restaurante (em vias de implantação) e sala interativa.