A AMAU realizou Assembleia Gera Ordinária, nesta quarta-feira, 26, em Marcelino Ramos, no Seminário Nossa Senhora da Salette. A reunião foi comandada pelo presidente das Associações dos Municípios do Alto Uruguai, Leandro Puton, prefeito de Gaurama. Na abertura, o prefeito de Marcelino Ramos, Vannei Mafissoni deu às boas-vindas aos seus colegas.
O principal tema da reunião foi o recebimento de demandas, definições e sugestões dos prefeitos para a Marcha à Brasília pela Reconstrução dos Municípios do RS, que acontece nos 2 e 3 de julho.
A assembleia teve a participação do secretário estadual de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Clair Kuhn, que esteve acompanhando de Fernanda Tacca Angonese, gerente do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Erechim. O secretário repassou as ações do Estado no setor, e recebeu demandas do Alto Uruguai.
O prefeito de Cruzaltense, Joarez Sandri, em seu pronunciamento falou sobre os recursos fundo a fundo repassados pela Defesa Civil: “quando perdemos pontes, pontilhões, bueiros que a água levou embora. Mas eu gostaria de reconstruir de concreto, com qualidade melhor, para evitar problemas futuros. Mas o fundo a fundo nos permite a reconstrução igual as de antes, que eram em madeira. São recurso públicos jogados fora. Precisamos flexibilizar o uso destes recursos, também em outras situações, com recuperação de estradas. Essa facilitação seria importante, em função do ICMS que os municípios estão perdendo”.
Outra questão levanta pelo prefeito Sandri, são as emendas de bancadas que são repassadas ao governo do Estado, mas que demoram muito tempo para chegarem aos municípios: “o Estado tem sido lento nas licitações e entregas das máquinas, num momento que mais precisamos. Solicite agilidade ao secretário de Estado”, finalizou o prefeito de Cruzaltense.
O prefeito de Jacutinga, Beto Bordin, salientou que “temos que registrar o esforço do Governo Federal, mas ter em vista que são medidas paliativas. Esses recursos são da compensação das perdas do ICMS da época da pandemia. O que precisamos agora é um socorro e compensação no repasse desde maio quando ocorreram as enchentes no RS.
Sobre a Marcha à Brasília, acredita que é momento de união dos 497 municípios, para buscar alternativas para reconstrução do Rio Grande do Sul: “são vários assuntos em pauta, importantes aos municípios com a questão da previdência, precatórios, repasse de recursos das perdas de receita. Precisamos o apoio total da Bancada Gaúcha, já que os deputados estaduais confirmaram que estarão presentes e também o governador Eduardo Leite, para que a União receba nossas demandas e acelere na liberação de recursos, devolvendo um pouco, do que o RS contribui”, finalizou.
Mauricio Soligo, prefeito de Getúlio Vargas também se pronunciou durante a assembleia, aproveitando a presença do secretário de Agricultura, solicitando a agilização de entrega de máquina oriundas das emendas parlamentares e que continuem incentivando e colocando recursos para perfurações e construções de redes de poços artesianos no interior para amenizar a falta de água em períodos de estiagem.
O prefeito de Getúlio Vargas falou também da pauta que a AMAU está construindo para a Marcha à Brasília dos prefeitos gaúchos: “Apresentei dois pontos importante que precisam ser trabalhados. O primeiro é que possamos solicitar junto ao Governo Federal que anistie a dívida do RS e esses valores sejam investidos na recuperação do Estado. E não sendo possível isso, em segundo, que a União destine aos moldes da pandemia, recursos para as várias frentes que necessitam, até porque os municípios estão amargando perdas das transferências do ICMS em todos os municípios gaúchos”, ponderou Soligo.
De acordo com Leandro Puton, presidente da AMAU, “a associação busca através do diálogo e relatos individuais de cada prefeito unificar ações em defesa dos municípios. A presença do secretário de agricultura do Estado, Clair Kuhn, ampliou o debate e contribuiu para esclarecimentos e encaminhamento de demandas da região”, sublinhou.
Por assessoria de comunicação