AMAU presente na mobilização dos produtores rurais pela securitização e renegociação das dívidas

Presidente Delfim afirmou que sempre irá defender quem trabalha: “Precisamos continuar nessa pressão, para que o governo atenda essas reivindicações para os produtores rurais do RS

Mais uma manifestação de produtores rurais foi realizada na região do Alto Uruguai, nesta sexta-feira, dia 30, desta vez em Getúlio Vargas, no trevo Sul, às margens da ERS-135. Participaram produtores, sindicatos rurais e sindicatos de trabalhadores da região e demais entidades que representam a classe rural, além de entidades ligadas ao comércio local.

Intitulado como Mobilização para a Salvação da Agricultura Gaúcha e em Prol da Securitização, o movimento se juntou a outros que ocorrem pelo Estado desde início de maio e se fortaleceu neste dia 30.

O presidente da AMAU, Vannei Mafissoni (Delfim), representou a associação no ato: “O Rio Grande do Sul produz de tudo, numa de indústria a céu aberto e que não tem telhado. Estivemos recentemente em Brasília, e lá a situação é complicada. E pelas conversas que temos com várias lideranças a situação é pior do que se imagina. Um governo que tem dinheiro para dar para quem não produz e não tem condição de socorrer quem produz.

Delfim afirmou que sempre irá defender quem trabalha: “Precisamos continuar nessa pressão, para que o governo atenda essas reivindicações para os produtores rurais do RS”.

(Senador Luís Carlos Heinze: “Essa pressão precisa seguir e vir da base. Não importa partido ou quem está no poder em Brasília, vamos ter de resolver. – Foto: Divulgação)

O senador, Luís Carlos Heinze, autor do projeto de lei 320/2025, da Securitização, também prestigiou o encontro, no fim da manhã, deixando sua mensagem aos produtores e ressaltando que é fundamental a mobilização de todos para pressionar o governo federal em relação a uma solução para as dívidas dos produtores gaúchos – que acumulam prejuízos de quatro estiagens e uma enchente.

“Essa pressão precisa seguir e vir da base. Não importa partido ou quem está no poder em Brasília, vamos ter de resolver. É algo que vai além de qualquer outra bandeira, porque impacta a economia como um todo”, disse o senador.

O presidente do Sindicato Rural de Erechim, Allan André Tormen, ressaltou que a presença dos agricultores nos movimentos tem sido importante para chamar a atenção da sociedade. “Nestes últimos cinco anos, o Rio Grande do Sul perdeu muito. E não estamos sendo ouvidos, porque o impacto é só para nós e, por isso, que precisamos fazer esta sensibilização, trazer as lideranças políticas, classistas, para ouvir o nosso pleito. Precisamos ser ouvidos, em Brasília, e ter o pedido atendido para que o nosso produtor rural volte a ter capacidade de pagamento e continue sendo a principal matriz da economia do Estado. Temos que demonstrar nossa força”, ressaltou Allan.

O presidente do Sindicato Rural de Getúlio Vargas, Luiz Carlos Silva, disse ainda que, se necessário for, os produtores vão a Brasília para ajudar a pressionar o governo. Segundo ele, não se pode aceitar condições rasas de ajuda ao produtor, pois isso inviabilizará que muitos superem este momento de comprometimento de receita, que as propriedades estão passando, em função dos problemas climáticos.

A Farsul esteve representada pelo diretor-vice-presidente, Jefferson Camozzato, que também preside o Sindicato Rural de Sananduva. A Regional 6 foi representada pelo coordenador e presidente do Sindicato Rural de Passo Fundo, Carlos Fauth. A deputada federal, Any Ortiz, também participou.

Por: Ascom AMAU