Na tarde desta quinta-feira, 16, o presidente da AMAU e prefeito de Barra do Rio Azul, Marcelo Arruda, participou em Porto Alegre da Assembleia Geral de Presidentes de Associações Regionais do RS, na sede da Famurs (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul).
Na pauta, o planejamento e ações da federação para 2023. Os temas abordados foram a nova Corsan e o Grupo AEGEA (empresa de saneamento do segmento privado), piso do magistério, assembleia de verão, efeitos da estiagem, perdas do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), estatuto da Famurs, RS Contra a Fome, XXIV Marcha à Brasília em defesa dos municípios entre 27 e 30 de março, entre outros.
Os prefeitos presentes tiveram acesso a números atualizados da estiagem no RS. Até o momento são 307 municípios que relataram situação de emergência, mas destes, 296 já com decreto. Destes, 198 já obtiveram o reconhecimento do Governo do Estado e 189 do Governo Federal.
Até o momento os prejuízos com a pecuária são de R$ 2,43 bilhões e na agricultura, superior a R$ 9 bilhões. No transporte com água os municípios já gastaram R$ 21,91 milhões, além de perdas na indústria e no comércio.
O presidente Marcelo Arruda, pleiteou que sejam construídas ações fortes para os municípios do Alto Uruguai enfrentar a estiagem: “isso está se tornando rotineiro, e precisamos de programas robustos já pensando em 2024, 2025. Temos que ajudar nossos agricultores e o meio rural a conviver com a estiagem”, pontuou.
A AMAU defende a construção de cisternas, mas diferente dos modelos apresentados pelo Estado no ano passado de 60 mil litros: “precisamos de cisternas de 600 mil a 1,2 milhão de litros, para que propriedades possam enfrentar a estiagem por até 4 meses”, relata Arruda.
Ao final da reunião, foi assinada uma carta por todos os presidentes das associações presentes com sugestões para amenizar os efeitos da estiagem que será entregue ao governador Eduardo Leite.