Na manhã desta quarta-feira, 26, foi realizada na sede da AMAU, reunião com todos os secretários municiais de Saúde da região, para tratar, de um assunto extremamente complexo, sobre as cirurgias de oncologia da Fundação Hospitalar Santa Terezinha, que estão no seu limite de atendimento e é referência para 48 municípios.
Recentemente o governo do RS, fez uma reavaliação da situação em todos hospitais públicos do Estado, e pacientes com mais de 60 dias de espera, estão sendo relocados para os hospitais de outros municípios, onde tem menos atendimentos, como São Borja e Santo Ângelo.
A reunião serviu para os diretores do hospital, Jackson Arpini (Executivo) e Márcio Pires (Administrativo), repassar aos presentes as medidas que foram adotadas, desde a primeira reunião sobre o tema, realizada em 11 de abril.
Para o diretor executivo da Fundação Hospitalar Santa Terezinha, Jackson Arpini a reunião foi muito produtiva, que permitiu escutar os anseios dos secretários de saúde e da própria região com relação aos procedimentos oncológicos: “de modo singular, os procedimentos cirúrgicos que estão sendo referenciados para outras regiões de saúde, em virtude do represamento e do tempo de espera. Também foi profícuo porque permitiu que o Hospital Santa Terezinha fizesse as considerações pertinentes sobre a matéria, apresentando indicadores, avaliando ações já realizadas, recursos repassados pelo TJ/RS para a área em discussão e possibilidades de avanços, após diálogo com da direção com os cirurgiões oncológicos”.
Após os debates, perguntas e dúvidas, foram traçadas algumas ações conjuntas para avançar no tema e evitar que pacientes precisem ser atendidos fora de Erechim como realização de mutirões de consultas oncológicas, ampliação dos serviços da Central de Especialidades, com a contratação de um novo profissional na Dermatologia: “e também, aumento, dentro da capacidade técnica do hospital de cirurgias oncológicas que aguardam na fila de espera, bem como continuar realizando cirurgias oncológicas além do quantitativo pactuado com o Estado via Secretaria Estadual de Saúde, em razão dos repasses do Tribunal de Justiça”, salienta Jackson Arpini.
Também foi deliberado de forma consensual pelos presentes na reunião, atuar prioritariamente nas sub- especialidades que estão sendo referenciadas para outros serviços oncológicos, evitando o deslocamento e as dificuldades atreladas ao envio de paciente e acompanhantes para regiões distantes.
Para a secretária de Saúde de Jacutinga, Valdirene Fátima Ramme Foletto, que é a presidente do colegiado na região, a AMAU sempre se destacou por resolver seus problemas, bem diferente de outras regiões do Estado, onde os hospitais nunca abrem os números.
O presidente da AMAU e prefeito de Barra do Rio Azul, Marcelo Arruda, salienta que a região deu um passo importante, para esse tema extremamente sensível, que aflige a todos os municípios: “Queremos evitar o desgaste destas viagens para pacientes que já estão em situação debilitada em função da doença, bem como agilizar a consulta ou cirurgia nestes casos frente a urgência que exige. Hoje, demos um passo importante, para amenizar esse problema”, pontuou.