AMAU e EMATER alertam municípios para proteção da citricultura

Encontro reuniu secretários de agricultura para abordar ações de combate ao greening

A proteção à citricultura gaúcha foi tema de encontro realizado nesta tarde em Erechim. Promovido pela Amau e pela Emater Regional, secretários de agricultura e gestores públicos receberam orientações sobre o HLB/Greening e o Plano Estadual de Monitoramento do inseto vetor, visando a detecção antecipada da doença no Rio Grande do Sul.

O presidente da AMAU e prefeito de Gaurama, Leandro Marcio Puton, e o gerente adjunto da Emater Regional, Laerth Gresele Suszek deram as boas vindas aos participantes. Leandro destacou a importância do tema e que as prefeituras devem estar atentas a ele.

Conforme a palestrante, Rita de Cassia Antochevis (Engenheira Agrônoma, Fiscal Estadual Agropecuário e chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Secretaria da Agricultura do Estado) não existem focos do vetor no Estado, porém ele já está presente em SP, MG, GO, PR e SC. O greening é uma doença que ataca todos os tipos de citros e não há cura para as plantas doentes.

A proteção do cultivo se dá através do uso de mudas sadias e certificadas. Somente com análise laboratorial é possível detectar se a plantação foi afetada. O inseto vetor – Diaphorina citri – ataca somente plantas cítricas e a murta (uma espécie de planta ornamental).

Segundo Rita, o greening é a principal doença dos citros a nível mundial “e estamos realizando as medidas estabelecidas no Plano Estadual de Exclusão e Contingência, para que possamos manter o status fitossanitário do RS, de praga ausente”, destaca. Ainda segundo ela, entre as medidas está o “monitoramento a campo dos sintomas e do inseto vetor com o uso de armadilha adesiva, além de ações de educação sanitária e fiscalização do comércio de mudas, bem como o trânsito vegetal”.

Vale reforçar que o pomar afetado pelo greening morre. “A fruta fica imprestável para consumo e também para a indústria, pois afeta as características organolépticas”, alerta Rita observando que para o ser humano não existe risco, porém ele não vai conseguir consumir, porque a fruta fica ácida e com textura ruim para o paladar.

O encontro ocorreu no Espaço Cooperar do Sicredi em Erechim.

Por Assessoria de Comunicação

amaucitriculturaemater