Com o objetivo de solidificar os conhecimentos adquiridos nas disciplinas de Floricultura e Paisagismo e Agronegócio, acadêmicos da 6ª fase do curso de Agronomia da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Erechim realizaram, entre os dias 26 a 28 de novembro, uma viagem técnica para Curitiba (PR), Holambra e Campinas (SP). Os alunos foram acompanhados pelos professores Hugo Piazzetta e Nerandi Camerini, além da servidora Fabiola Andretta.
Primeiro, em Curitiba, a equipe da UFFS visitou a Praça do Japão, que tem uma área arborizada de 14 mil metros quadrados, planejada em estilo japonês. No espaço é possível encontrar diversos artefatos que remetem à cultura oriental. Depois o grupo seguiu para o Jardim Botânico, um dos principais pontos turísticos da capital paranaense. Entre os atrativos do lugar estão um bosque de preservação de mata atlântica e também uma estufa de vidro, onde são cultivadas espécies de plantas tropicais do Brasil e de outros países. Os acadêmicos conheceram também o Jardim das Sensações, um espaço onde os visitantes conseguem perceber as diferentes sensações propiciadas pela natureza.
Ainda em Curitiba foi visitado o parque Tanguá, que possui 235 mil metros quadrados. Ele apresenta elementos de jardim inglês com áreas amplas de gramado, com visibilidade limitada por bosques com plantas da mata das araucárias. A última visita em Curitiba foi na Universidade Livre do Meio Ambiente (Unilivre), que é um espaço destinado a atividades de educação ambiental, pesquisas e acompanhamento de projetos.
De acordo com o professor Hugo Piazzetta, Curitiba é uma das cidades que são referência em paisagismo. “Por toda a cidade percebem-se os cuidados que a administração municipal tem em relação ao urbanismo e ao paisagismo”, conta Hugo. “Entendemos que conhecer estes espaços pode ampliar os conhecimentos dos alunos e desenvolver neles a ideia de organização que o paisagismo proporciona. O paisagismo é atribuição profissional do engenheiro agrônomo e corresponde a uma atuação possível tanto nos centros urbanos como também no meio rural, uma vez que cada vez mais se busca o paisagismo rural para ornamentar e agregar valor às propriedades rurais”, destaca o professor.
A segunda parte da viagem técnica foi direcionada à temática da produção e comercialização de flores e plantas ornamentais. Em Holambra (SP), a equipe visitou a Cooperativa Veiling – maior centro de distribuição atacadista de flores e plantas ornamentais do Brasil. Lá é utilizado um modelo de leilão semelhante ao que é realizado na Holanda para comercialização da produção dos cooperados, sejam flores cortadas, envasadas ou plantas ornamentais.
Na mesma cidade os acadêmicos visitaram a empresa Ecoflora, principal produtora de orquídeas e uma das principais produtoras de bromélias do Brasil. Durante a vista, foi possível acompanhar todos os estágios da produção da orquídea Phalenopsis, desde a plantação das mudas originárias da Europa e da Ásia até a embalagem antes da comercialização, ciclo que dura aproximadamente 1 ano e 7 meses. A unidade em que foi realizada a visita possui aproximadamente 6,5 hectares de estufas climatizadas, que produzem anualmente mais de 2 milhões de plantas que são comercializadas para todo o Brasil por intermédio da cooperativa Veiling.
Para finalizar a viagem técnica, os acadêmicos visitaram, em Campinas-SP, o Mercado de Flores, anexo ao Ceasa. Neste espaço é realizado o comércio de flores cortadas ou envasadas, plantas ornamentais e acessórios para paisagismo e decoração. Diferente da cooperativa Veiling, no Mercado de Flores os produtos são comercializados em boxes, no atacado ou no varejo, e a negociação ocorre diretamente entre o vendedor e o comprador.
Esta viagem técnica foi realizada para encerrar o semestre letivo e também a disciplina de Floricultura e Paisagismo, uma vez que dentre os objetivos da disciplina está desenvolver os conhecimentos da produção e comercialização de flores plantas ornamentais. “Tentamos motivar nossos alunos a buscar outras possibilidades da produção agrícola, diferentes da soja e do milho. A produção de flores e plantas ornamentais é uma atividade do agronegócio que se ajusta muito bem à agricultura familiar, característica da nossa região, pois permite elevados rendimentos em áreas reduzidas. Isso favorece a geração de emprego e manutenção do homem no campo”, finaliza Hugo.