A licença de instalação do projeto Três Estradas foi entregue à empresa Águia Fertilizantes, na terça-feira (1º), autorizando em Lavras do Sul o processo de implementação da primeira mina na região sul Brasil que vai extrair, beneficiar e comercializar minério de fosfato para produção de fertilizantes – insumo agrícola fundamental para produtividade do agronegócio nacional. A entrega do documento foi formalizada pela secretária estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Marjorie Kauffmann, e pelo presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (Fepam), Renato Chagas, durante a programação do Universo Pecuária – feira de negócios realizada para discutir e apresentar oportunidades da pecuária brasileira, avaliando os diferentes biomas, sistemas de produção e níveis de tecnologia.
“É uma grande conquista. O RS de fato vai começar a produzir fertilizantes. Desde que assumi a presidência da Frente Parlamentar da Mineração e do Polo Carboquímico na Região da Campanha, trabalhei para auxiliar na celeridade dos processos administrativos que envolvem a viabilidade do projeto. Como sempre afirmo: a política precisa de coragem. Na atual legislatura do parlamento gaúcho, nenhum outro parlamentar quis enfrentar os temas complexos que envolvem a mineração e o meio ambiente. Acolhi o pedido de apoio e somei esforços ao prefeito Sávio Prestes, de Lavras do Sul, e com os representantes da empresa Águia Fertilizantes, intermediando audiência no Ministério de Minas e Energia, no governo estadual e também com o poder judiciário”, salientou o deputado estadual Paparico Bacchi – membro titular da comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa.
O entusiasmo com a liberação da licença se explica pelo pioneirismo da iniciativa, bem como, pela importância que os fertilizantes têm no agronegócio – um dos principais alicerces da economia brasileira. “É inconcebível que o agronegócio nacional – rico em possibilidades – dependa de 80% dos fertilizantes importados. Isso aumenta o custo na produção de alimentos e impacta o consumidor final. Agora, vamos começar a inverter esse processo de dependência externa produzindo fertilizantes 100% nacional, com planta sustentável, uso de energia solar e certificado de carbono neutro, proporcionando excelente custo-benefício para suprir de 15% a 20% da demanda dos agricultores gaúchos”, destaca Paparico Bacchi.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a alimentação e a Agricultura (FAO) a demanda global de alimentos aumentará em 70% até 2050. Por isso, o presidente da frente parlamentar da Mineração ressalta que é necessário produzir mais, de forma sustentável e com menor custo nos processos produtivos do agronegócio.
“Temos orgulho em desenvolver o projeto com credenciais ambientais inéditas no RS, contribuindo para o fortalecimento do agronegócio e redução da dependência brasileira por fertilizantes vindos de outros países”, afirmou o CEO da Águia Fertilizantes, Fernando Tallarico.
Investimentos
Na quinta-feira (3) foi celebrada a assinatura da aprovação da linha de crédito por meio do Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE), no valor de R$ 15 milhões. O investimento previsto na faze 1 do projeto, com geração de mais de 100 empregos diretos, está estimado entre R$ 35 milhões e R$ 40 milhões.
De acordo com a secretária estadual do Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann, por ser um projeto de mineração de ponta – sem barragem de rejeitos, que reaproveita todo e qualquer mineral extraído – teve área licenciada de 20 hectares, com capacidade de extrair 300 mil toneladas de fosfato por ano, podendo ser ampliada. Há uma expectativa que a construção da unidade seja concluída em até 12 meses, após o início das obras.
Saiba mais sobre a cronologia de iniciativas da Frente Parlamentar da Mineração:
http://ww1.al.rs.gov.br/paparicobacchi/Imprensa/DetalhesdaNot%c3%adcia/tabid/3997/IdMateria/329641/Default.aspx
Por Assessoria de Comunicação