A Academia Erechinense de Letras (AEL) definiu três novos membros efetivos. Maria Lúcia Carraro Smaniotto, Isabel Gritti e Marlei Carmen Reginato Klein tomarão posse em outubro em data ainda ser definida. Com os novos membros a AEL passará a contar com 33 membros efetivos.
Maria Lúcia Carraro Smaniotto é jornalista e tem seu nome ligado à terceira geração da família que esteve à frente do jornal A Voz da Serra. É filha de Gilson Edy Carraro e Romilda Gusmão Carraro. É casada com Pedro Amorim Smaniotto com quem teve os filhos Maitê, Mariah, Mayara e Sthéfano e os netos Mateus, Eduarda, Júlia, Alice, Giovana e Cecília.
Maria Lúcia teve uma passagem pela Legião Brasileira de Assistência de 1981 a 1995, inicialmente em Porto Alegre e depois em Erechim. Com a extinção da autarquia, é transferida para o Ministério do Trabalho/Erechim. Após 15 anos no serviço público, pede exoneração e assume o jornal A Voz da Serra. Em 1998 o veículo ganha o prêmio ARI de jornalismo com a edição especial ‘Erechim Mulher’. O trabalho foi em parceria com a colega e amiga, Vera Daisy Barcellos. Em 2000 cria a Copdydek Jornalismo e Marketing prestandando assessoria de comunicação para empresas, organizações sociais, entidades, sindicatos e órgãos públicos.
Com uma série de especializações depois do curso de jornalismo na PUCRS, Maria Lúcia é autora de diversos livros com destaque para ‘A história do ônibus em Erechim – 2011’, ‘Erechim: retratos do passado, memórias no presente – 2012’, Sicredi Norte RS/SC: uma história de união, superação e conquistas – 1917’, ‘ACCIE: 100 anos de história – 2022’, ‘Cavaletti 50 anos: valor em fazer mais – 2024’, ‘Os Monarcas: 50 anos! Meio século de paixão pela música tradicionalista gaúcha – 2024’ e ‘Trajetória de sucesso da empresa BrazMáquinas – 2025’.
Quando ainda estava no jornal A Voz da Serra, participou de um intercâmbio cultural internacional nos Estados Unidos visitando jornais em Nova Iorque, Washginton e Miami. Em 2025, Maria Lúcia Smaniotto Carraro foi a patrona do livro. No final de maio recebeu o troféu ‘Anita Garibaldi’ em Porto Alegre, concedido pelo Instituto Cultural Giuseppe e Anita Garibaldi.
Isabel Rosa Gritti, nascida em Erechim, é professora. Filha de Arude Gritti e Norma Rosso Gritti é casada com José Martins dos Santos. É mãe de Lucas Antonio. Isabel tem graduação em Estudos Sociais pela Fapes/URI, especialista em Educação Brasileira Contemporânea, História do Brasil pela PUCRS. É mestre e Doutora em História do Brasil também pela PUCRS.
Sua trajetória profissional é desenvolvida, inicialmente, na rede pública de educação em municípios da região. Isabel tem ativa participação na vida sindical através do Cpers. Passa como professora por escolas também de Erechim. Conta ainda uma passagem como coordenadora adjunta na 15ª Coordenadoria Regional de Educação. Atua na diretoria da Obra Promocional Santa Marta.
Atualmente é professora na Universidade Fronteira Sul/Câmpus de Erechim atuando nos cursos de Pós-Graduação de História e Educação. Acumula ainda uma passagem pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS/Câmpus de Erechim até 2011.
No campo da pesquisa, Isabel Gritti dedica-se a conhecer melhor o processo migratório e as relações inter-étnicas no estado e Alto Uruguai.
É autora de ‘A imigração Judaica no RS: a Jewish Coloniziation e a colonização de Quatro Irmãos/RS. Em 2004 publica ‘A imigração polonesa no Rio Grande do Sul: a emergência do preconceito. E, 2022, em parceria com o professor José Carlos Radin, da UFFS/Chapecó organiza o livro ‘Eternos Migrantes: em busca de terra prometida’.
Além dessa produção cultural, Isabel Rosa Gritti possui ainda artigos e parceria em publicações do Brasil e pela Universidade da Flórida/EUA com temáticas sobre o meio ambiente latinoamericano e Caribe, educação polonesa na Colônia Erechim e, judeus e caboclos no norte do Rio Grande do Sul.
Marlei Carmen Reginato Klein é professora aposentada. Licenciada em Letras para o ensino da língua portuguesa, literatura portuguesa e para o ensino da língua inglesa com curso de pós-graduação. Atuou por muitos anos na Escola de 1º e 2º graus José Bonifácio, especialmente no curso do Magistério na formação de professores.
Na Escola Belas Artes fez o curso fundamental de piano. Aprecia artes – música clássica e pintura. Quando em viagens, busca por conhecer museus, galerias de arte e concertos. Participou em apresentações de Casas de Ópera em várias cidades do mundo.
Destaca-se pelo trabalho voluntário há mais de 40 anos na Casa da Amizade de Erechim, representante da etnia alemã junto à ACCIE e preside o Conselho de Administração do Centro Cultural 25 de Julho.
Assina aos sábados uma coluna no jornal Boa Vista, onde relata viagens. Tem escrito sobre a relação do Rio Grande do Sul com imigrantes, principalmente da Itália e Alemanha destacando a importância dos mesmos no desenvolvimento econômico e cultural do estado. Relata as lutas, sonhos, trabalho anônimo, desalentos e alegrias destes ao lado de outros povos para o desenvolvimento do RS.
Nos relatos escritos sobre as viagens – Marlei aborda também gastronomia e costumes dos países que visita. Entre suas viagens, buscou conhecer sua ancestralidade, conhecendo lugares de onde vieram seus antepassados. E foi assim que na Itália localizou residências onde moraram seus avós, que ainda crianças, vieram para o Brasil.