A enchente do Rio Guaíba no Rio Grande do Sul tem gerado dificuldades significativas para o escoamento da água. Atualmente, o nível do Guaíba está acima dos 5 metros e mesmo com a trégua nas chuvas, permanece estabilizado em um nível muito acima da cota de inundação.
O Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS projeta uma diminuição muito lenta, que poderá levar pelo menos 30 dias para o Guaíba voltar ao nível abaixo da cota de inundação, que é de 3 metros.
Uma sugestão que surgiu nas redes sociais é a abertura de uma passagem na faixa de areia que separa a Lagoa dos Patos do Oceano Atlântico. Essa medida poderia reduzir o nível do Guaíba de forma mais rápida e ainda evitar inundações futuras. No entanto, o IPH enfatiza que esse tipo de empreendimento requer um estudo de viabilidade detalhado, envolvendo uma visão multidisciplinar para avaliar os impactos positivos e negativos da modificação. Esse processo pode levar meses, mas é essencial para tomar decisões informadas e minimizar riscos.
A Lagoa dos Patos, uma enorme laguna estuarina, está conectada ao Oceano Atlântico. É através dela que a água do Guaíba escoa para o mar. Portanto, qualquer intervenção na faixa de areia que separa esses corpos d’água deve ser cuidadosamente avaliada para garantir a sustentabilidade ambiental e a segurança da população.
Em resumo, a gestão das enchentes no Rio Grande do Sul requer uma abordagem integrada, considerando aspectos técnicos, ambientais e sociais. A colaboração entre especialistas de diferentes áreas é fundamental para encontrar soluções eficazes e sustentáveis.