Abate de bovinos atinge recorde no primeiro trimestre, enquanto que frangos e suínos têm queda

O Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), divulgou na última quinta-feira (6), dados referentes ao abate de animais em todo o país no primeiro trimestre de 2024.

 

Bovinos

Neste período, foram abatidas 9,30 milhões de cabeças bovinas sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa marca representa um recorde, considerando toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 1997. Na comparação com o mesmo período do ano anterior houve aumento de 24,6% e em relação ao 4º trimestre de 2023 o crescimento foi de 1,6%.

Janeiro foi o mês de maior atividade do trimestre, com um abate total de 3,15 milhões de cabeças, variação positiva de 23,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

O abate de fêmeas aumentou 28,2% em relação ao 1º período de 2023, apresentando o resultado mais elevado de toda a série histórica para a categoria. Na mesma comparação, o abate de machos subiu 21,7% e atingiu o melhor resultado para um 1º trimestre

O abate de 1,84 milhão de cabeças de bovinos a mais no 1º trimestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 23 das 27 Unidades da Federação (UFs). Entre aquelas com participação nacional a partir de 1,0%, os incrementos mais significativos ocorreram em: Mato Grosso (+420,07 mil cabeças), Goiás (+263,41 mil cabeças), São Paulo (+219,41 mil cabeças), Minas Gerais (+206,49 mil cabeças), Pará (+180,04 mil cabeças), Rondônia (+155,75 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+110,36 mil cabeças), Bahia (+58,08 mil cabeças) e Paraná (+46,73 mil cabeças). Em contrapartida, a variação negativa mais expressiva ocorreu no Rio Grande do Sul (-34,41 mil cabeças).

Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 18,3% da participação nacional, seguido por Goiás (10,8%) e São Paulo (10,0%).

 

Suínos

No 1º trimestre de 2024, foram abatidas 13,95 milhões de cabeças de suínos, representando quedas de 1,6% em relação ao mesmo período de 2023 e de 1,4% na comparação com o 4° trimestre de 2023.

O abate de 229,81 mil cabeças de suínos a menos no 1º trimestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por quedas em 15 das 24 Unidades da Federação participantes da pesquisa. Entre os estados com participação de ao menos 1,0%, ocorreram quedas em: Minas Gerais (-179,32 mil cabeças), Rio Grande do Sul (-85,35 mil cabeças), Santa Catarina (-83,07 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-42,80 mil cabeças), Mato Grosso (-40,48 mil cabeças) e Goiás (-9,04 mil cabeças). Em contrapartida, os aumentos mais expressivos ocorreram em: Paraná (+197,93 mil cabeças) e São Paulo (+14,57 mil cabeças).

Santa Catarina continua liderando o abate de suínos, com 29,8% da participação nacional, seguido por Paraná (22,3%) e Rio Grande do Sul (17,1%).

 

Frangos

No 1º trimestre de 2024, foram abatidas 1,59 bilhão de cabeças de frangos, representando queda de 1,2% em relação ao mesmo período de 2023 e aumento de 4,0% na comparação com o 4° trimestre de 2023. Este resultado é o segundo maior na série histórica da Pesquisa, superado apenas pelo resultado alcançado no 1° trimestre de 2023 (1,61 bilhão de cabeças).

O abate de 19,15 milhões de cabeças de frangos a menos no 1º trimestre de 2024, em relação a igual período do ano anterior, foi determinado pela queda no abate em 13 das 25 Unidades da Federação que participaram da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram quedas em: Rio Grande do Sul (-21,52 milhões de cabeças), Minas Gerais (-3,83 milhões de cabeças), Goiás (-2,92 milhões de cabeças), Bahia (-2,80 milhões de cabeças) e Mato Grosso (-631,25 mil cabeças). Em contrapartida, ocorreram aumentos em: Santa Catarina (+7,13 milhões de cabeças), Paraná (+3,83 milhões de cabeças), São Paulo (+1,87 milhões de cabeças) e Mato Grosso do Sul (+73,30 mil cabeças).

O Paraná ainda lidera amplamente o abate de frangos, com 34,6% da participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,6%) e Rio Grande do Sul (11,9%).

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