Do inferno ao paraíso. Esse poderia ser o resumo da vida da gata Luna, com cerca de dois anos de idade, que resolveu frequentar o meio acadêmico. Por ser vizinha da URI, ela tomou gosto pelo Câmpus e começou a frequentar diversos ambientes da Universidade. Costuma passar a maior parte do tempo perto do Prédio 4, onde funcionam os curso de Medicina Veterinária, Nutrição e Pedagogia, além do Centro de Línguas. Mas também dá umas voltinhas pelos arredores dos prédios 1, 2 e 3. Ela já fez até uma visitinha à Direção.
Não se sabe ao certo os motivos que a levaram a escolher a Instituição. Talvez por encontrar muitas pessoas que a enchem de agrado e carinho. Talvez por fazer parte da natureza dos felinos que gostam de procurar outros ambientes. Um dia, quem sabe, ela vai “confessar” os verdadeiros motivos.
Tutora da felina, Ágatha Comparin Artusi, acadêmica do 9º semestre do Curso de Ciências Biológicas Bacharelado da Universidade, fala com emoção da história de Luna. “Até dois anos atrás ela sofria maus tratos de seu antigo tutor, que a amarrava pelo pescoço com uma corda no meio rural. E foi resgatada grávida pela ONG SOS Animais Erechim. Fiquei comovida com a história e resolvi adotá-la há cerca de um ano, pois, quando soube, ela já havia perdido os filhotes”, revela.
No entanto, diz ela, “como durante o dia a gente trabalha, a Luna segue para a URI e de noite volta para jantar e dormir com a gente”. Faz um pedido, porém, a todos os que convivem com Luna. “Como ela só deve se alimentar de ração para gatos castrados, as pessoas precisam evitar dar comida, pois pode provocar até diarreias, como já aconteceu algumas vezes”.
A coordenadora do Curso de Medicina Veterinária, Daniela de Oliveira, também está por dentro da história e faz algumas recomendações. “É importante salientar que a Luna só deve comer ração, pois restos de lanches e doces podem causar vários transtornos intestinais, como intoxicação, por exemplo, podendo levar até mesmo à morte em casos extremos”, frisa a professora. Outra recomendação é de evitar pegar a Luna no colo ou insistir em fazer carinho quando ela não quiser. “Existe uma doença transmitida pela arranhadura do gato, e por isso se deve evitar esse tipo de situação, sobretudo em relação às crianças, mas todos podem fazer carinho na Luna de maneira comedida, já que os tutores cuidam muito bem dela, mantendo o calendário sanitário (vacinas e vermífugos) em dia”, observa Daniela. Tomando-se certos cuidados e havendo respeito mútuo, todos podem conviver de forma saudável e gratificante. Luna está sendo requisitada, inclusive, para ser mascote do Curso de Medicina Veterinária.
O certo até aqui é que Luna é querida por todos e tem se mostrado uma excelente modelo fotográfico, conforme comprova a sequência de fotos realizada por Ivonei Angheben, da Assessoria de Marketing, Comunicação e Eventos do Câmpus. A primeira postagem mostrando a Luna ocorreu no Instagram da URI Erechim, em 9 de abril, tendo expressiva repercussão.