Em sintonia com o Ano Nacional do Laicato, proposto pela CNBB para a Igreja Católica no Brasil, no sexto dia da novena de Fátima, a procissão e a missa da noite desta quarta-feira, tiveram a participação especial de cristãos leigos e leigas profissionais da segurança a serviço da vida e da paz. Eles carregaram a imagem de Nossa Senhora da Catedral até o monumento na esplanada do Santuário. De lá até o altar campal, a imagem foi carregada por senhoras da Segurança Pública, por ser o Dia Nacional de Combate à Violência contra a Mulher.
A celebração foi presidida pelo Pe. Cleocir Bonetti, Vigário Geral da Diocese, concelebrada pelo Pe. Maicon Malacarne, Coordenador Diocesano de Pastoral, pelo Pe. Clair Favreto, Reitor do Seminário Maior São José da Diocese em Passo Fundo, que dirigiu a procissão, com a participação do Diácono Pascoal Possa e equipe de canto e música, animada pelo Pe. José Carlos Sala.
Pe. Maicon proferiu a homilia, no final da qual motivou a todos, de mãos dadas, a rezarem com ele a oração pela paz atribuída a São Francisco de Assis, Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz, seguida de um abraço de paz. Pe. Cleocir, no final da celebração, convidou a todos a segurar em suas mãos as chaves da casa, invocando especial bênção para seus respectivos lares.
No início da homilia, Pe. Maicon lembrou que a Sagrada Família, conforme o evangelho da missa, precisou “fugir” para encontrar a paz, livrando o Menino Jesus da violência do rei Herodes, que havia decretado a morte dos meninos com menos de dois anos. Disse que a cultura da paz é um dom de Deus, mas também construída nas relações diárias. A propósito, sugeriu a todos se perguntarem se o jeito de ser, de falar, de agir, de trocar mensagens pelas redes sociais favorece a paz ou incita à violência. Ressaltou que a casa é o primeiro e mais sagrado ambiente para a paz, que tem dimensão ecumênica e inter-religiosa. Mas, é justamente na casa que milhões de mulheres são violentadas. Uma a cada 15 segundos, a maior parte pelo marido ou ex-companheiro. Finalizou assegurando aos profissionais da segurança pública a união na luta pela justiça necessária para a paz, com a certeza de que Deus, como dizia a leitura da celebração, quer um lugar pacífico para o seu povo, uma residência segura e habitação tranquila. Assim, ninguém precisará fugir, chorar pelos mortos e machucados pela violência.