Um ano atípico, de muito trabalho e dedicação extra, por conta das comemorações relativas aos 50 anos da Cooperalfa. Este foi 2017! Estou muito feliz por tudo o que marcou a data, as campanhas, os shows, prêmios, o livro, plantio de árvores, projetos bem pensados e organização adequada, com larga visibilidade nacional e impacto positivo na sociedade.
De outra parte, prevaleceu a insegurança advinda do universo político e econômico, prejudicando planos de investimentos. Juntos, ultrapassamos tudo isso. Apesar de não alcançarmos os R$ 3 bilhões de receita bruta desejada, sobretudo pela queda de preço dos cereais, pela baixa comercialização dos grãos pelos associados e redução de valores de alguns insumos, geramos 4,4% de sobras líquidas e isso nos deixou realizados. Conseguimos obter bons resultados aliados à operacionalização de nossa estratégia de expansão.
Acertamos com a entrada no Mato Grosso do Sul. Lá, temos muito campo a expandir. Em suínos, necessitamos crescer junto a Aurora Alimentos e avançarmos em grãos, fertilizantes e defensivos. Com prudência, iniciamos em 2017 firme atuação no Rio Grande do Sul. Nas regiões de origem da Cooperalfa, mantivemos a segurança, desenvolvemos projetos de qualificação, prestamos assistência técnica, ampliamos a industrialização, devolvemos cota-capital e, aos poucos, estamos efetuando as melhorias apontadas pelos associados.
O episódio “Carne Fraca” prejudicou as agroindústrias. A suinocultura e a avicultura exportaram menos. Houve suspensão de embarques e posterior queda de preços no mercado interno. De outro lado, a alto volume de produção depositada na cooperativa, mais de 5 milhões de sacas, revela que o setor agrícola está capitalizado.
A Cooperalfa é sólida. É elevada a confiança do associado para com sua entidade, de modo especial com o Conselho de Administração. O desafio é continuarmos presentes, perto do associado. Trabalhamos para que as pessoas que estejam à frente da cooperativa não percam a essência.
Os monopólios se fortalecem a cada dia.. Isso preocupa. Há uma invasão de empresas estrangeiras no Brasil, as quais buscam autoproteção. A visão imediatista da nova geração também precisa ser debatida. O associado precisa ter um olhar mais amplo sobre a gama de benefícios, participando mais. Se um dia a cooperativa desaparecer, ele vai sentir. A cooperativa é uma necessidade de primeira linha. Nosso sonho é que 100% dos cooperados valorizem o que é dele, que se sintam donos.
O associado pode esperar da cooperativa, manutenção da segurança financeira e dos projetos sociais, da comunicação autêntica e verdadeira, da qualificada assistência técnica e novos negócios.
Em investimentos, vamos melhorar o que já temos e continuarmos na busca de novas oportunidades. Os próximos anos serão energizados pela implantação da nova processadora de soja na LinhaTomazelli, Chapecó, pela consolidação no RS e MS. Que as décadas contadas de agora em diante, sejam tão prósperas quanto os primeiros 50 anos.
Um forte abraço.
Presidente Cooperativa Agroindustrial Alfa*