“1,5 milhão de pessoas vivem em extrema pobreza no RS, com menos de R$ 109 mensais”, diz Beto Fantinel

Nesta semana, especialmente na quinta-feira (20), estiveram em Erechim inúmeros membros do governo do Estado, para participar do Mobiza 15 do MDB, a exemplo do secretário de Assistência Social, Beto Fantinel.

Ele realizou visitas importantes na cidade e tão logo falou que Erechim é referência em iniciativas bem sucedidas. “Um exemplo, Santa Maria possui três CRAS, Erechim tem três CRAS fixos e um etinerante. Sendo que Santa Maria tem 260 mil pessoas e Erechim tem 105 mil. Se fizermos esse breve comparativo, veremos como Erechim está evoluido na atenção e proteção social”, disse.

Durante entrevista a Rádio Cultura nesta sexta-feira (21), Fantinel também falou de dados preocupantes no Rio Grande do Sul. “No RS temos 1,5 milhão de pessoas em extrema pobreza, que vivem com menos de R$ 109 mensais. Esse é um dado distante do Rio Grande do Sul produtivo, mas podem acreditar, há muitas pessoas excluídas”, afirmou.

Ainda comentou: “nós hoje, garantimos que elas tenham o auxílio do bolsa familia, mas se essas pessoas em idade produtiva estão recebendo o auxílio, quando se aposentarem, continuarão recebendo? Quando elas vão contribuir com o desenvolvimento do Brasil, Estado e seus municípios? Precisamos um outro caminho!”.

O secretário também fez um comparativo do RS e Santa Catarina, dando conta que os últimos dados de insegurança alimentar do RS apontaram 14,1%, enquanto SC tem 4,6%. “Isso significa que temos 1,7 milhões de pessoas que não fazem as três refeições por dia ou que não sabem se farão no dia seguinte”, afirmou o secretário.

A maior incidência desses bolsões de extrema pobreza concentram-se especialmente na região metropolitana e cidades maiores como Caxias do Sul, onde o número de moradores de rua saltou de 300 para 800 nos últimos anos. “Na região de Passo Fundo e Erechim a incidência de pobreza é menor em percentual de população. E, para acontecer o inverso nós precisamos qualificar, o que a cabeça não conhece, as mãos não produzem”, finalizou.

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