A produção brasileira de milho cresceu de 104 para 125 milhões de toneladas nos últimos quatro anos e a expectativa, considerando as novas tecnologias que chegam ao mercado a cada safra, é de aceleração no crescimento. Mas para que os bons resultados sejam alcançados, o produtor também precisa estar atento aos manejos fitossanitários e a fertilidade do solo.
Esses foram alguns dos aspectos debatidos durante o 14º Fórum do Milho, na tarde desta segunda-feira (6), no auditório central do Parque da Expodireto Cotrijal. Segundo Patrick Dourado, líder de novas tecnologias da Bayer, a expectativa é de grande avanço genético para os próximos anos, visando auxiliar o produtor na busca por melhores resultados.
O especialista alerta, no entanto, que para alcançarem o teto produtivo, as novas tecnologias exigem a adoção das melhores práticas, de forma conjunta. “Todos os aspectos que interferem no resultado precisam estar bem alinhados”, destacou.
O pesquisador Glauber Stürmer, da CCGL/RTC, apontou que o principal desafio em termos de pragas é a cigarrinha. “A atuação conjunta, entre produtor, assistência técnica e pesquisa, é essencial para que possamos lidar com esse problema”, explicou. As perdas, caso não seja feito controle, podem chegar a 90%.
Mercado
Na avaliação do diretor de Commodities da JBS, Arene Trevisan, o Brasil tem ótimas oportunidades de mercado para a cultura do milho. “Estados Unidos e China estão perdendo fôlego na produção e a demanda cresce e isso abre espaço para o Brasil. Além disso, tem crescido o uso do grão para produção de etanol no país”, salientou ele, durante palestra no fórum, orientando os produtores a aproveitarem o bom momento e buscar estratégias para garantir competitividade.