A escassez de mão de obra em Erechim tem gerado preocupação entre empresários locais. Muitos trabalhadores que chegam à cidade encontram empregos rapidamente, mas acabam pedindo demissão em pouco tempo e se mudando para outras localidades, como as cidades em Santa Catarina. O principal fator que leva a essa situação é o alto custo dos aluguéis e dos terrenos.
Os relatos são comuns: trabalhadores que, ao se depararem com os preços exorbitantes, desistem de permanecer na cidade. Aqueles que têm condições de comprar um terreno para construir suas casas se frustram ao perceber que os valores estão muito altos, inviabilizando a realização do sonho da casa própria. “Quando saí de Maximiliano para vir para Erechim, logo consegui um emprego bom, mas eu e a minha esposa tínhamos que trabalhar só para pagar o aluguel. Eu ganhava R$ 2.980,00 e a minha esposa R$ 1.750,00; R$ 1.600,00 eram destinados ao aluguel. Sobravam uns R$ 2 mil para pagar luz, água, telefone e comida”, relata Valtuir, um dos muitos que enfrentam essa realidade. Diante dessa situação insustentável, ele decidiu buscar oportunidades em Capinzal.
Esse cenário é apenas uma das inúmeras histórias vividas por famílias em Erechim. Além dos altos preços dos terrenos, a falta de opções de financiamento para a construção de casas populares agrava ainda mais a crise habitacional na região. A pergunta que fica é: onde estão as “praias” em Erechim que justificam aluguéis tão altos?
Com essa realidade, empresários e trabalhadores locais clamam por soluções que tornem a cidade mais atrativa e acessível, visando não apenas reter mão de obra, mas também oferecer melhores condições de vida para seus habitantes.
Por: Egídio Lazzarotto –
