O mês de agosto sempre foi cercado de superstições. Conhecido como “mês do desgosto” e também como “mês do cachorro louco”, carrega crenças populares que atravessam gerações. A origem remonta a antigas tradições portuguesas: durante a Era dos Descobrimentos, agosto marcava o início das grandes viagens marítimas, quando muitas mulheres ficavam viúvas e o casamento era evitado, consolidando a fama de mês de azar e tristeza.
Já a expressão “mês do cachorro louco” está ligada ao comportamento animal. Em agosto, com o fim do inverno e estações mais definidas, aumentava o cio das cadelas, o que intensificava disputas entre os machos. Nessas brigas, quando havia algum cão contaminado pelo vírus da raiva, a doença se espalhava com facilidade.
A raiva é uma enfermidade viral que atinge o sistema nervoso central de mamíferos, inclusive humanos, transmitida pela saliva de animais infectados por meio de mordidas, lambeduras ou arranhões. Sem cura até hoje, a prevenção é feita com vacina anual para cães e gatos, além da imunoprofilaxia pós-exposição (vacina ou soro) em casos de acidentes.
Em situações de mordeduras ou arranhões, é essencial lavar o ferimento com água e sabão, procurar atendimento médico imediato, manter o animal em observação por 10 dias e informar os serviços de saúde caso ele apresente sintomas ou venha a óbito. Entre os sinais clínicos mais comuns da raiva estão mudanças de comportamento, salivação excessiva, dificuldade de deglutição, sensibilidade à luz, convulsões e desorientação.
Para evitar riscos, a recomendação é clara: manter a vacinação em dia e adotar práticas de posse responsável, garantindo saúde, bem-estar e segurança dos animais de estimação e da comunidade.
Por Comunicação PME