Aeroporto de Erechim: esperar representação política ou seguir o exemplo de Santo Ângelo?

Erechim vai “muito bem obrigado” nos últimos anos: quatro empresas entre as 500 maiores do sul, uma das melhores cidades do país para viver e investir, vagas de emprego nos mais diversos segmentos econômicos sobrando, melhorias na iluminação pública, um dos melhores índices de segurança do Brasil, polo regional de saúde, educação, entre outros. Além disso, acabamos de realizar a maior Frinape de todos os tempos.

Mas emperramos em vários outros aspectos, principalmente para chegar ou sair de nossa cidade, seja por meio terrestre ou aéreo. Esta coluna já destacou há alguns dias, que não deveremos ter investimentos federais por mais algum tempo.

As rodovias de escoamento de nossa produção, a BR-153, que corta o país de norte a sul, possui apenas um trecho não pavimentado, justamente aqui em Erechim, a RS-135, que poderia suprir a ausência asfáltica da Transbrasiliana, sofre com o trafego intenso, pesado e perigoso, diariamente nela existente. Há muito tempo deveria estar duplicada.

Por fim, nosso aeroporto poderia estar servindo de rápido e fácil acesso ao centro do país, para os mais de 15 mil CNPJs erechinenses, mas parece que nos contentamos em um “curto deslocamento” até Passo Fundo ou Chapecó.

Segue um belo exemplo a ser analisado e, se houver interesse, seguir:

Santo Ângelo é uma cidade no noroeste do estado, a cerca de 293 km de distância de Erechim. Segundo dados do IBGE, possui uma população de pouco mais de 77 mil habitantes e uma área territorial de 680 mil m². Seu IDH é de 0,772 e um PIB Per capta de R$ 36.452,00.

O município não possui nenhuma empresa entre as 500 maiores do Sul segundo a Revista Amanhã, mas é de lá que vem um belo exemplo. Em Junho de 2022, o poder público, reuniu entidades representativas e com o apoio maciço do sindicato rural e principalmente de produtores rurais, uniram estratégias, forças e trabalho para aumentar a cabeceira do aeroporto local, pois somente com uma área de escape de 90 metros poderia operar com segurança.

A obra foi entregue em onze dias, o que segundo a prefeitura, levaria ao menos seis meses se não fosse o mutirão. Ainda no mês de agosto também foi concluído o novo terminal de passageiros.

A ação despertou o interesse de várias companhias aéreas e ainda no mês de outubro, a Gol já fazia o voo inaugural do trecho Santo Ângelo – Guarulhos SP, onde já passou a operar com três voos semanais, e utilizando a moderna aeronave Boeing 737-700, com capacidade para 138 passageiros.

Mas os investimentos não pararam de acontecer, pois era preciso evoluir ainda mais para atender as exigência da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), um grande e moderno estacionamento, com iluminação de led, logo foi entregue também.

Nesta semana, o aeroporto deverá receber, de maneira provisória, o Sistema Visual Indicador de Rampa de Aproximação, chamado de Papi Tático. O equipamento auxilia os pilotos na hora do pouso.

Enquanto isso, o governo gaúcho irá abrir licitação para a aquisição do equipamento e instalação definitiva nas duas cabeceiras da pista do aeroporto e assim, aumentando ainda mais a capacidade de um aeroporto, talvez sonhado pelos erexinenses.

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