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A vergonhosa quarta etapa do Distrito Industrial

 

O que era para ser um novo modelo de Distrito Industrial, está sendo um pesadelo no município de Erechim. Uma sucessão de erros faz parte da tão propalada quarta etapa do Distrito Industrial, vai desde a escolha do terreno até as empresas interessadas em se instalar no local.

A área foi comprada ainda na administração Zanella e os serviços de terraplanagem foram realizados. Na época, por determinação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM), nenhuma indústria de alta poluição pode se instalar, pois nas proximidades havia um loteamento.

Com isso as empresas do ramo metal mecânico que já tinham adquirido o terreno para se instalar, tiveram que desistir do projeto. Quando Paulo Polis assumiu a administração municipal, concluiu as obras terraplanagem e fez o asfaltamento da maioria das ruas. Ainda foi preciso efetuar um novo sorteio dos terrenos para que indústrias de baixo teor de poluição pudessem se instalar. No meio do caminho, algumas destas empresas acabaram falindo, outras entraram com recuperação judicial e os terrenos acabaram indo a leilão.

Novas empresas adquiriram as áreas e algumas até mesmo já tem projeto em andamento para construir ou ampliar suas estruturas. Um dos exemplos é o Master que em breve deve iniciar as obras do novo centro de distribuição. Entretanto a maioria das empresas que compraram os terrenos com promessa de construir ou ampliar seu parque fabril, até hoje não fizeram nada.

O mais grave é que a grande maioria comprou para especulação imobiliária e não querem repassar os terrenos para ninguém, dando lugar para mato, asfalto e faixas de segurança. Um terreno foi adquirido através de leilão e diante da crise econômica, a empresa já está repassando para outra instituição.

Para piorar a situação, as empresas que estão estabelecidas as margens da Rua Dr. João Caruso, estão no meio do pó e barro, a prefeitura está pedindo que os empresários ajudem o município para o asfaltamento. A Printmax e Faritel que trabalham com alta tecnologia sofrem com a poeira, enquanto onde tem asfalto só existe capoeira. Uma vergonha o que está acontecendo neste local.

Alguns empresários estão jogando contra a própria cidade, enquanto muitas empresas estão precisando de um terreno para instalar ou ampliar as suas indústrias. Está na hora do prefeito cobrar uma solução destes “espertalhões” ou constroem ou, repassam os terrenos.

Por Egidio Lazzarotto

 

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