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“A Selic não precisaria estar em índices tão altos, visualizo um corte de 0,25 ponto porcentual em agosto”, diz Lichtenstein

Às quartas-feiras da Rádio Cultura e Jornal Boa Vista, são marcadas por assuntos do mercado financeiro no TL News, com o comentarista econômico, Tulio Lichtenstein. Nesta semana, com diversas abordagens: micro, pequenas e médias empresas, reunião do Copom, taxa Selic, inflação, entre outros.

Micro, Pequenas e Médias Empresas

Na terça-feira (27), foi o Dia Internacional das Micro, Pequenas e Médias Empresas. Pequenos negócios que tem sido o “carro chefe” na geração de empregos e contribuem com 30% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. “Quero parabenizar o secretário de Desenvolvimento Econômico de Erechim, Emerson Schelski, pelo excelente trabalho frente a esse setor, principalmente as MEIs. São inúmeras empresas se desenvolvendo e gerando empregos. Nos três primeiros meses deste ano, foram criadas 214 mil micro e pequenas empresas no Brasil, 9,2% a mais que o mesmo período de 2022, veja a representatividade na nossa região, estado e país”, enalteceu Lichtenstein.

Ata do Copom

O final do mês de junho também foi marcado pela reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e divulgação da ata.  “A ata mostra as diretrizes para os próximos meses e isso vem impactando o mercado. Venho sendo repetitivo, um fato importante foi o rumo que as coisas tomaram desde o dia da reunião até a divulgação da ata. Na semana passada quando foi realizada a reunião, foi decidido manter os 13,75%. Membros do conselho ficaram divididos, são 56 participantes que fazem a votação e ficou praticamente empatado a questão de aumentar ou não a taxa de juros a curto prazo”, relembrou o comentarista.

Contudo, na divulgação da ata na terça-feira (27), “foi completamente ao contrário. Voltaram atrás devido a pressões. Inclusive nesta quinta-feira, tem uma reunião do Conselho Monetário Nacional que vai decidir o rumo da meta de inflação para 2026. Temos a projeção de terminar o ano de 2023 com 3,25% e o relatório Focus já está apresentando 5% e, em 2024 na casa de 4%”, destacou Lichtenstein.

Taxa Selic

Tais movimentos já indicam a probabilidade de um corte na taxa Selic em agosto. Conforme Tulio Lichtenstein, existem muitos fatores que influenciam o corte no aumento na taxa básica de juros. “O principal a gente sabe,  inflação. Desde o início comentamos e apostamos na taxa Selic alta, isso não significa que eu sou favorável a juros tão altos, pois sei o quanto o empresário e tomador do crédito está sofrendo com alto custo. Vejo que a nossa Selic não precisaria estar em índices tão altos, automaticamente dá para enxergar um corte de 0,25% apenas na reunião de agosto. Falei em muitos TL News e apostava que não teríamos este corte, pensei que seria apenas na reunião de outubro”, finalizou.

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