A cada 2,6 casamentos, Erechim registra 1 divórcio

Salus Loch

Se o erechinense está casando mais – o ano de 2015 registrou número recorde de casamentos na Capital da Amizade, com 488 matrimônios selados no período (1,33 por dia) – o bota-amarela também está se divorciando com mais facilidade.

De 2004 até 2015, conforme o IBGE, foram registrados 5.013 casamentos contra 1.913 divórcios (judiciais ou, desde 2008, por escritura pública) – numa média de 1 divórcio para cada 2,6 ‘os declaro marido e mulher’.

Em 2015, foram 246 desenlaces – seja via judicial ou por escritura pública (no Tabelionato de Notas); número, no entanto, inferior a 2014 – ano ‘campeão’ de separações no município, quando só em divórcios judiciais foram registrados 249 casos (10 vezes mais do que em 2005, por exemplo).

O IBGE começou a coletar informações sobre divórcios em 1984. Nesses 30 anos, em termo de Brasil, o número passou de 30,8 mil para 341,1 mil – comprovando que o fenômeno das separações não é exclusividade do erechinense.

O divórcio, aliás, ganha força desde 2010, com o fim da necessidade de separação prévia do casal (ou seja, quem quer desfazer o casamento passou a poder se divorciar a qualquer momento, extinguindo-se os prazos que eram obrigatórios para dar entrada no pedido). Em Erechim, em 2009, ano anterior à entrada em vigor da nova regra, haviam sido registrados apenas 33 divórcios judiciais e 40 por escritura pública; número que saltou para 137 e 86, respectivamente – 3,1 vezes mais.

A facilitação do divórcio também elevou a estatística de novos casamentos, pois as pessoas passaram a ficar livres para novas uniões mais rapidamente.

Numa tendência que acompanha a dos países desenvolvidos, os brasileiros, em geral, também estão esperando mais para se casar. A idade média dos homens na data das núpcias passou de 27 para 30 anos e a das mulheres, de 23 para 27, na comparação entre 1974 e 2014. O quadro, do jornal Boa Vista traz a série histórica de casamentos e separações registrados em Erechim de 2004 a 2015:

 

Uniões homoafetivas ganham espaço no país

Outro dado que chama a atenção é o número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo – estatística disposta, apenas, em nível estadual. Entre 2013 e 2014, por exemplo, estes números registraram alta de 31,2% no Brasil – chegando a 41% no Rio Grande do Sul (212 registros em 2014, contra 150, em 2013). Outro dado que chama a atenção é o número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo – estatística disposta, apenas, em nível estadual. Entre 2013 e 2014, por exemplo, estes números registraram alta de 31,2% no Brasil – chegando a 41% no Rio Grande do Sul (212 registros em 2014, contra 150, em 2013). No total, o Brasil registrou 1.153 uniões homoafetivas a mais entre 2013 e 2014, num total de 4.854 – 50,3% entre cônjuges do sexo feminino e 49,7%, do masculino.

A maior concentração de casamentos gays se deu no Sudeste (60,7%); a menor, no Norte (3,4%). São Paulo foi o Estado campeão, com 69,9% do total do Sudeste e 42,2% do total dos registros do Brasil.

O crescimento dos registros se deu na esteira da aprovação, pelo Conselho Nacional de Justiça, em maio de 2013, da resolução que obriga os cartórios a celebrar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e a converter a união estável homoafetiva em casamento. Dois anos antes, o Supremo Tribunal Federal já havia equiparado a união homossexual à heterossexual. Os casamentos gays representaram 0,4% do total de 1,1 milhão de casamentos no Brasil em 2014.

Ilustração

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