Caso Deise Mazzoccato: após cinco meses, polícia civil conclui inquérito sem indiciamentos

Após cinco meses, a polícia civil concluiu o inquérito policial do caso envolvendo a erechinense Deise Mazzoccato, de 45 anos, que morreu após ter sido encontrada ferida no interior do apartamento onde morava no centro da cidade. O inquérito foi remetido ao Ministério Público sem indiciamentos.

Conforme informações da polícia, a causa da morte apontada pela perícia é indeterminada e, segundo o inquérito, as lesões não justificariam o óbito.

A investigação ficou a cargo da Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher, que tem como titular a delegada Raquel Kolberg que após concluir o inquérito, remeteu o mesmo ao Ministério Público que irá analisar a documentação e pode solicitar novas diligencias caso surjam dúvidas.

Relembre o caso

A 1h40min do dia 09 de setembro, o Corpo de Bombeiros Militar de Erechim foi acionado via telefone para atender uma mulher que teria sofrido um mal súbito no apartamento onde morava na Rua Euclides da Cunha. Ela foi socorrida e encaminhada pelos Bombeiros ao Hospital de Caridade onde uma equipe tentou reanimar a vítima, porém a mulher entrou em óbito.

Conforme o boletim de ocorrência registrado na delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, após a vítima dar entrada no hospital foi solicitada a presença da Brigada Militar que recebeu a informação que a mulher possuía lesões na cabeça, braço, pescoço e peito. Apenas um homem que acompanhava Deise e que acionou o socorro estava com ela no apartamento no momento do ocorrido.  O boletim registra que ele teria dado versões contraditórias sobre o que teria ocorrido no local.

A polícia passou a investigar a situação.

Angústia da família

No dia em que completou um mês da morte de Deise Mazzoccatto, a reportagem da Rádio Cultura ouviu familiares e amigos de Deise que relatam inconformidade com o ocorrido e com a lentidão na divulgação dos resultados da investigação.

Para a família, o período de espera pela conclusão do inquérito representou bem mais do que luto e saudades. Foram meses de espera, incertezas e medo de que o caso caísse no esquecimento.

Posição da Polícia Civil

A única manifestação oficial da Polícia Civil sobre o caso, ocorreu por meio de uma nota enviada a imprensa no dia 15 de setembro. A nota que a época veio assinada pela delegada titular da 11ª Delegacia de Polícia Regional do Interior, Diana Casarin Zanatta informou que desde o momento que o fato chegou ao conhecimento da autoridade policial, todas as medidas necessárias à sua elucidação foram, e continuam sendo adotadas. Naquela oportunidade também foi informado que a investigação prosseguia sob responsabilidade da delegada Raquel Kolberg que ainda realizava atos investigativos bem como, aguardava o resultado do exame de necropsia e demais exames periciais já providenciados sob o encargo do Instituto Geral de Perícias.

Nesta segunda-feira, 21, a Reportagem da Rádio Cultura tentou contato com a Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher e foi informada que a delegada não se encontrava na DP devido a questões pessoais.

 

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