A retomada dos eventos é fundamental para a economia do país. Uma gama muito grande de profissionais depende do setor para se manter em atividade. Com o avanço da vacinação e a possibilidade da retomada dos eventos, a Rádio Cultura ouviu o empresário Fernando Dariva, da Top Formaturas para saber qual a expectativa a partir de agora.
Dariva foi o entrevistado do programa Hora Extra desta quinta-feira,18, e falou sobre que a retomada dos eventos representa uma luz no fim do túnel para o setor. “A caminhada que tivemos não foi nada fácil, zelamos pela preservação da saúde e da vida das pessoas, mas éramos vistos como os únicos culpados pela pandemia”.
O empresário explicou que os eventos estão diretamente ligados a aglomeração de pessoas, mas lamentou a falta de apoio.
Nos sentimos bastante desamparados. É mais seguro tu ir para um evento do que ir para o mercado, porque em um evento existem mais protocolos a serem seguidos. É tudo mais controlado do que outros tipos de aglomerações e isso está comprovado” afirmou o empresário Fernando Dariva.
Fernando destacou que o setor movimenta muitos profissionais antes, durante e depois do evento. “Somos responsáveis por 4,5% do PIB nacional e congregamos muitos profissionais de outros segmentos também”. Dariva afirmou que para ter uma retomada rápida da economia é importante que o setor de eventos também retome porque há uma cadeia maior por trás das empresas do setor.
Eventos digitais
Sobre o formato dos eventos que precisaram se transformar em digitais para atender a demanda, o empresário afirmou que eles vieram para ficar.
A pandemia provou que muitas coisas vieram para melhorar e muitas coisas não tem como substituir. Já sabíamos que o digital viria para ficar, seja no setor do comércio ou em outros setores e nos eventos é a mesma coisa”.
Dariva falou sobre o desejo das pessoas de participar de eventos sociais. “Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – ABRAPE mostra que 82% das pessoas sentem falta do encontro”. Há uma demanda reprimida quanto a isso e as pessoas sentem a falta do encontro presencial. Não é simplesmente a questão da comida e da bebida mas a questão do encontro em sí. O encontro pessoal tem valor”, destacou Dariva.
Sobre as perspectivas para o setor no próximo ano, o empresário disse que todos estão muito cautelosos.
Temos a expectativa de que haja um “boom” de negócios e a melhora do setor, porém estamos muito cautelosos pois há falta de material e insumos para produção”.
Falta de Mão de Obra
O proprietário da TOP Formaturas destacou que com a paralisação das atividades, muitas pessoas que trabalhavam durante os eventos migraram para outras profissões e hoje há falta de mão de obra no mercado. “Estamos com uma grande dificuldade no nosso setor, porque quando iniciou a pandemia ficamos impedidos de trabalhar, mais de 80% do faturamento diminuiu e o pessoal de bandas, músicos, etc. precisou parar e foi preciso demitir. Com isso eles migraram para outras atividades e o mercado absorveu esta mão-de-obra e agora na retomada, temos uma enorme dificuldade com fornecedor e mão de obra”, finalizou.