R16 contabiliza mais de 400 óbitos em decorrência da covid-19
Em 2021, já foram registrados 281 óbitos de janeiro até ontem - demonstrando o agravamento da situação pandêmica
O Comitê Regional de Atenção ao Coronavírus da AMAU, que monitora a evolução do cenário pandêmico na Região 16, através da Plataforma Regional de Monitoramento (PRM), informa que a R16 ultrapassou esta semana o registro de 400 óbitos em decorrência da covid-19.
No comparativo do boletim de segunda feira (14) com o de quarta-feira (16), a equipe técnica verificou que na região ocorreram mais oito óbitos, sendo Erechim (2), Getúlio Vargas (1), Estação (1), Viadutos (1), Nonoai (2) e Sertão (1).
Num comparativo entre os anos de 2020 e 2021, o Comitê verificou 127 óbitos no ano passado (considerando que o primeiro caso confirmado de contaminação do novo coronavírus ocorreu em março de 2020).
Em 2021, por sua vez, já foram registrados 281 óbitos de janeiro até ontem – demonstrando o agravamento da situação pandêmica. “Quando realizamos um comparativo com as 21 Regiões, verificamos que estamos com indicadores mais baixos do que os demais, em que pese estarmos falando de perdas humanas irreparáveis”, pontua o membro do Comitê da AMAU, Jackson Arpini. Segundo ele, as taxas de letalidade aparente (calculada pelo resultado da divisão entre o total de óbitos e o total de casos confirmados) oscilam de 3,90% (Porto Alegre/Região 10), até 1,45% (Santa Rosa/Região 14). A taxa da R16 está em 1,49%, a segunda melhor taxa de todas as regiões monitoradas sobre a ótica do atual sistema 3As, do estado do Rio Grande do Sul.
É preciso obedecer aos protocolos
“Necessitamos, face ao agravamento do cenário, adotar todas as medidas sanitárias recomendadas e obedecer aos protocolos variáveis, para que possamos reduzir a velocidade de contágio (atualmente em alta velocidade) para que tenhamos indicadores favoráveis”, destaca Arpini.
As estruturas hospitalares da região estão com percentuais de ocupação elevados, sendo em leitos clínicos na ordem de 69,39% e nas UTI de 91, 89%. “Sempre que os números estão elevados, seremos classificados pelo estado em “alerta”, o que significa agravamento do cenário”, resume Jackson Arpini.
Novo alerta
Na quarta-feira (16), a R16 foi novamente classificada pelo Sistema 3As em “alerta”, o que remete a ações imediatas, sob pena, caso nossos indicadores não melhorem, do recebimento de uma ação estadual. “Estamos diante de um cenário que requer uma ação e reação da coletividade, o que deverá trazer melhores indicadores e mais vidas salvas”, completa o representante do Comitê.