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Caso suspeito de coronavírus no RS é descartado

Ministério da Saúde informa que apenas um caso em São Paulo, de uma criança de dois anos que esteve na China, segue como suspeito. Outros 50 já foram descartados

Foi descartado como suspeito para coronavírus o caso de uma criança de dois anos de idade que viajou à China e estava em observação na cidade de Novo Hamburgo, no Vale do  Sinos, desde 12 de fevereiro.  A informação foi dada por representantes do Ministério da Saúde, na tarde desta quinta-feira (20), em Brasília. Assim, não há mais, por enquanto, registro de casos suspeitos de coronavírus no Rio Grande do Sul.

O Brasil tem, atualmente, apenas um caso suspeito do novo coronavírus (Covid-19). Trata-se de uma criança de dois anos, em São Paulo, considerada suspeita desde ontem (19) por ter um histórico de viagem à China, mas não a Wuhan, cidade chinesa que é o epicentro da contaminação.

O ministério, no entanto, continua atento ao surto ocorrido na China e trabalha com a possibilidade de aumento dos casos suspeitos, principalmente a partir do final de abril, quando as doenças respiratórias começam a aparecer no país.
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Wanderson de Oliveira, existe uma série de circunstâncias que freiam o aparecimento de vários casos suspeitos, como a quarentena imposta na China, o fato do Brasil estar no verão e não termos voos diretos para aquele país. Mas um aumento não é descartado.
— Não quer dizer que não possa aumentar. Podemos ter mudanças de definição de casos no futuro se um outro país entrar como área de transmissão ocidental. É muito dinâmico e prematuro dizer que vai continuar baixo — disse.

Foi descartado o único caso suspeito de coronavírus notificado no Rio Grande do Sul que ainda permanecia em investigação.

O resultado negativo para o COVID-19 da amostra de uma criança de 2 anos, de Novo Hamburgo, foi divulgado pela Fiocruz (RJ) nesta quinta-feira (20/02).

Segundo o ministério, os exames têm sido feitos com maior celeridade e, com isso, casos considerados suspeitos são descartados rapidamente e sequer entram no balanço diário da pasta.

Ainda não existe nenhum caso confirmado na América do Sul. Até o momento, 75.778 casos foram contabilizados no mundo, conforme dados da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos. Só a China reúne 74,5 mil casos.

Curas e idosos

O Ministério da Saúde tem acompanhado o crescente número de pessoas curadas, sobretudo na China. Atualmente, são 16.882 curados. Segundo Wanderson de Oliveira, tratamentos específicos têm sido testados, mas as curas estão ocorrendo “de forma espontânea”.

— Essas curas estão ocorrendo, quase que a totalidade delas, de forma espontânea. É o organismo da pessoa. Mais de 80% dos casos na China são de moderados a leves. Isso não quer dizer que foi um tratamento específico que curou aquelas pessoas, e sim o tratamento sintomático, o isolamento, (o uso de) respiradores, ou seja, toda uma conduta para evitar que essas pessoas evoluíssem para casos graves e óbitos.

Outra tendência verificada é a letalidade maior em idosos. Se em crianças e adultos até cerca de 40 anos de idade o número de mortes beira o zero, a partir de 60 anos essa curva aumenta rapidamente, chegando a 15% de mortes entre pessoas de 80 anos.

— Os casos graves e de óbito na China estão totalmente concentrados em pessoas acima de 60 anos de idade. Isso é importante para nós nos prepararmos para o caso de haver a situação do vírus no Brasil. A nossa preocupação terá que ser preferencialmente os idosos — disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo.

Fonte: GaúchaZH

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