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Dívida do Instituto Barão do Rio Branco ultrapassa os R$ 25 milhões

Após 90 anos dedicados a educação, o Instituto Anglicano Barão do Rio Branco e Faculdade Anglicana de Erechim (FAE), encerraram suas atividades na sexta-feira (31) e muitos questionamentos surgiram. Atualmente a instituição possui uma dívida que ultrapassa a casa dos R$ 25 milhões, segundo o diretor do Instituto e FAE, Reginaldo Bolis, explicou em entrevista à Rádio Cultura.

 A dívida não originou-se de uma hora para outra, mas sim há 15 anos. Tudo começou com a perda da filantropia: “Perdemos três triênios de filantropia, tão logo o governo federal abriu uma espécie de Refiz. Instituições com ensino superior podiam aderir ao financiamento, pagávamos 10% em moeda e 90% era em bolsas. Nesse cenário o valor subiu para R$ 12 milhões”, relatou.

Em resumo, a dívida com o governo federal contraída após a perda da filantropia chegou a R$ 15 milhões.

A parceria com o Ypiranga também foi um dos pontos cruciais para a instituição. “O Valério Schillo tinha um projeto muito bacana junto ao Ypiranga e a escola, porém o projeto estava com ele, na cabeça dele e como sua morte foi muito precoce, outras pessoas deram sequência as suas iniciativas. Entretanto não tinham a real ideia do que o Valério pretendia fazer e problemas maiores começaram a surgir. Então, foi preciso realizar a venda de patrimônio para garantir a sobrevivência da instituição”, relatou Bolis.

Conforme o diretor, a primeira venda de patrimônio foi o terreno atrás do Ypiranga, na sequência o campus de Tapejara, um dos prédios da instituição em Erechim, depois fechou a escola de Bagé e por último, ocorreu a venda das salas comerciais. “Acredito que essa foi uma das piores partes. A venda das salas na área central injetou R$ 8 milhões, mas de repente não foram bem geridos, não resolveu o problema da instituição que há 10, 12 anos, vinha dando sérios prejuízos. Teve épocas que a instituição acumulou mais de R$ 2 milhões de dívida no ano”, enalteceu o diretor.

Se não bastasse, em oito anos a escola passou de 1500 para 1000 alunos. “Chegamos a marca dos 2500 alunos, contanto todos os campus. Vinculada a crise da educação, principalmente no nível superior, também vivenciamos a crise econômica, quando os pais foram perdendo seus empregos, tirando os filhos da escola particular e os colocando na pública”, finalizou.

Por Carla Emanuele 

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