A abordagem foi realizada na segunda-feira, 20, pela professora e psicóloga organizacional Carla Pinheiro Carvalho. A aula analisando essa temática esteve inserida na disciplina de Sociologia, ministrada pela professora Sueli Pokojeski, no Curso de Ciências Contábeis. A iniciativa proporcionou um debate sobre o preconceito e as desigualdades, estando intimamente ligado aos Direitos Humanos Universais.
No Curso de Pedagogia, o tema está ligado à Disciplina de Filosofia, no que tange à antropologia com abordagem psicológica, pois, diante de toda a evolução da humanidade, ainda se faz necessário falar sobre o agir humano. Os encontros permitiram, então, uma reflexão e o estudo da lei 10.639/2013 que estabelece o 20 de novembro como o Dia da Consciência Negra, pois nessa data, no ano de 1695, morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
A palestrante discorreu sobre a história do dia da Consciência Negra, quem foi Zumbi dos Palmares, um pouco da cultura afro-brasileira bem como a importância da data, uma vez que a maioria das pessoas ainda não consegue separar uma história vivenciada pelos negros e que está refletida em todos os espaços sociais.
Segundo a professora Carla, “refletir sobre essa data implica em parar por um momento e tomar consciência sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, em vários aspectos, sejam eles sociais, gastronômicos e religiosos”.
Na Disciplina de Sociologia, a abordagem foi correlacionada ao preconceito existente nos ambientes de trabalho e na dificuldade da igualdade de direitos, sejam eles trabalhistas, salariais e no próprio momento da seleção.
Na disciplina de Filosofia, a reflexão discorreu sobre as desigualdades educacionais que fazem crescer o preconceito, com o advento das redes sociais sendo um canal de dissipação de ódio.
Por isso, a iniciativa teve como objetivo aproximar o debate com os acadêmicos, nas referidas disciplinas, com o olhar sensível, pois trata-se de uma assunto complexo, que não tem uma única resposta, por se tratar de diferentes interpretações e que ainda pesa sobre o negro as desigualdades, não porque eles são pobres, mas porque são negros. E a humanidade caminha a passos lentos no amadurecimento da consciência humana, salientou a professora.