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Procon informa que país fecha mês com 62,4 milhões de negativados

O Diretor do Procon, Erechim Edson Machado da Silva, alerta o consumidor quanto ao número excessivo de contas em atraso, falta de pagamento de boletos de lojas, contratos com operadoras de telefonia e sistema bancário.

De acordo com ele, na maioria dos casos de inadimplência as pessoas não têm uma educação financeira e então, muitas vezes pela necessidade e outras por impulso, gastam mais do que ganham.

No Procon Erechim tem aumentado a procura por reparcelamento de dívidas contraídas com financeiras. Ocorre que as pessoas não observam as cláusulas de contrato, tomam o dinheiro emprestado que em alguns casos é descontado da folha de pagamento do INSS. “O Problema maior é quando atrasa o pagamento por falta de saldo na conta bancária, pois no momento em que o aposentado receber o salário ocorre o débito das parcelas atrasadas e o consumidor fica sem dinheiro para as demais despesas do mês”.

Em algumas situações, conforme ele, esses consumidores já procuraram o Procon para um reparcelamento da dívida em um novo acordo e pelas regras do contrato se este for “quebrado”, a dívida volta ao seu valor original.

“Existe um outro contratempo, pela falta de pagamento o CPF do consumidor é negativado no SPC/SERASA o que o impossibilita de realizar novas transações bancárias ou mesmo a compra no crediário. Tem mais um agravante, alguns consumidores fazem novos empréstimos para pagar os antigos e isso acaba virando uma “bola de neve”, com consequências desastrosas”.

O Procon tem observado que algumas financeiras aplicam juros muito altos e na maioria das vezes informam que são taxas, por conta de não haver necessidade do cliente apresentar “avalistas” ou “fiadores”.

O Diretor aproveita para esclarecer o que diferencia avalista de fiador. No aval a responsabilidade é solidária, ou seja, tanto o devedor quanto avalista são responsáveis pelo montante integral da dívida. Já na fiança a responsabilidade é subsidiária, ou seja, o fiador somente será acionado caso o devedor principal não cumpra a obrigação.

“Quando o consumidor busca financiamento em agências bancárias ou cooperativas de crédito, ele sabe o valor dos juros, uma vez que no contrato são aplicados os juros controlados pelo Banco Central. Juros de empréstimo são taxas cujo valor estipulado pelo Banco Central é cobrado daqueles que pegaram dinheiro emprestado, financiado ou pagaram contas com o cartão de crédito, entre outras modalidades. Para que não haja uma oscilação muito descomunal entre as taxas dos bancos, o Banco Central se utiliza do SELIC, (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), que nada mais é que os juros básicos pelos quais os demais são baseados”, pontua.

Quanto as Taxas reduzidas de juros em um financiamento já em andamento, a orientação do Diretor do Procon é de que se você já fez seu financiamento e as taxas de juros sofreram uma queda posteriormente, o que você pode fazer é tentar renegociar sua dívida no banco. Outra opção é fazer um outro empréstimo com juros de empréstimo reduzidos e pagar pelo anterior, ou ainda fazer uma portabilidade entre bancos, ou seja, mudar sua dívida de um banco para outro.

Por outro lado, conforme dados da Confederação Nacional dos Dirigentes Logistas e do Serviço de Proteção ao Crédito as dívidas bancárias no País crescem 8,5%, enquanto atrasos no crediário caem -6,1%. Já a inadimplência entre idosos avança 10,0%.

O volume de consumidores com contas em atraso segue elevado em todo o Brasil, refletindo o quadro de dificuldades das famílias. No último mês de setembro aumentou em 3,9% a quantidade de novos inadimplentes na comparação com o mesmo período do ano passado. Em número absoluto, estima-se que cerca de 62,4 milhões de brasileiros estejam com restrições ao CPF, o que representa 40,6% da população adulta acima de 18 anos.

O Procon em Erechim realiza no mês uma média de 700 atendimentos e a consulta ao CPF é que apresenta uma média mensal de 160. Em setembro deste ano foram 119 Consultas ao CPF, dessas 71,43% estavam negativados e 28,57% não tinham restrições no SPC/SERASA, SCPC ou em Cartórios de Protesto. Na maioria das vezes quando o consumidor procura o Procon para se inteirar da sua situação é porque foi informado em alguma loja ou banco que em seu CPF constava restrição.

Edson Machado da Silva disse, ainda, que nos casos em que o CPF está com restrição, no mesmo momento o Procon se coloca à disposição do consumidor para tentar uma renegociação e dependendo da situação, o devedor já sai do Procon sabendo que em até 5 dias uteis ele estará com o “nome limpo”, junto aos órgãos de restrição. Destaca o trabalho de sua equipe, com profissionais altamente preparados que realizam o atendimento com muita eficácia e celeridade, evitando maiores transtornos para o cliente.

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