Debate sobre presidência da Câmara de Erechim esquenta após entrevista de Fifo Parenti na Rádio Cultura

A política erechinense foi palco de um debate acalorado nesta terça-feira (29), após uma entrevista do vereador e atual presidente da Câmara Municipal, Fifo Parenti (MDB), na Rádio Cultura. O assunto principal girava em torno da sucessão na presidência do Legislativo nos próximos anos da legislatura, com opiniões divergentes entre Parenti e o secretário de Desenvolvimento Econômico e vereador licenciado, Emerson Schelski (PSDB).

Durante a entrevista, Fifo Parenti discorreu sobre sua pré-candidatura a deputado estadual e a atuação da Câmara. No entanto, após o programa, o debate ganhou novos contornos quando Schelski manifestou interesse em retornar ao Legislativo no último ano da atual legislatura e assumir a presidência da Casa.

O acordo original e a proposta de mudança

De acordo com Parenti, havia um entendimento prévio entre os vereadores da base governista: o primeiro ano da legislatura (2025) ficaria com o MDB (sua presidência), o segundo ano (2026) com o PSDB – possivelmente sob o comando do vereador Carlinhos Magrão –, e o quarto ano (2028) seria destinado aos Progressistas, com o vereador Araújo.

No entanto, Schelski teria proposto uma revisão desse acordo, sugerindo que o segundo ano fosse ocupado por Araújo (Progressistas), enquanto o último ano ficaria com ele próprio. A justificativa seria uma realocação estratégica das forças políticas.

Consenso ou novo embate?

Fifo Parenti destacou que qualquer mudança no acordo original precisaria ser discutida e aprovada pelos demais vereadores. “Não há impedimentos, desde que haja consenso entre todos os partidos envolvidos”, afirmou. O presidente da Câmara reforçou a importância da harmonia entre os parlamentares para garantir a governabilidade e a continuidade dos trabalhos legislativos.

Por outro lado, Schelski, que já atuou na Câmara em mandatos anteriores, demonstrou confiança em sua capacidade de articular apoio para a mudança. “A política é dinâmica, e os acordos podem ser ajustados conforme as necessidades do momento”, argumentou.

Um debate entre experientes

O embate evidenciou a experiência de ambos os políticos. Parenti, que vem conduzindo a Câmara com foco em projetos de desenvolvimento local, e Schelski, conhecido por sua habilidade negociadora, mostraram que a disputa pela presidência do Legislativo promete movimentar o cenário político erechinense nos próximos meses.

Enquanto isso, a base aliada aguarda os desdobramentos das negociações. Se confirmada a troca, Erechim poderá ter uma nova configuração de poder no Legislativo já em 2026.

O que vem por aí?
A questão agora é saber se os partidos manterão o acordo inicial ou se abrirão espaço para a proposta de Schelski. Uma reunião entre as lideranças partidárias deve ser agendada nas próximas semanas para definir os rumos da presidência da Câmara.

Uma coisa é certa: o debate está apenas começando, e nós vamos acompanhar de perto as decisões que moldarão o futuro da cidade.

Por: Egídio Lazzarotto 

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