O tratamento de uma doença, seja ela física ou mental, exige muita força de vontade, paciência, acompanhamento e auxílio de profissionais. No caso da dependência química, esse esforço é compartilhado, muitas vezes, com outros sentimentos, tais como angústias, inseguranças e muitos desafios. Contudo, há espaços que podem contribuir muito nesse processo de busca da cura: as comunidades terapêuticas.
Em Erechim, um exemplo é a Crade que foi fundada em 1996 e já recebeu muitas pessoas que, independente da droga usada, almejavam a mesma conquista: a libertação por parte dessa, que é uma doença, e por isso, merece atenção especial e tratamento.
Para a psicóloga e responsável técnica da Crade, Paula Servo, a missão da entidade é restaurar vidas e transformar famílias, através do tratamento adequado dos internos e da inclusão dos familiares na recuperação dos mesmos. “Somos uma entidade de acolhimento para tratamento de pacientes masculinos adultos na recuperação de vícios em álcool e outras substâncias psicoativas. Hoje estamos com 13 pacientes internados e nossa estrutura comporta até 24 leitos, sendo 19 para o município e cinco para o Estado. Importante destacar que os pacientes, depois da desintoxicação no CAPSad vem para a Crade para o tratamento que pode durar de seis meses a um ano”, explica.
Parceria com a Prefeitura garante o funcionamento da entidade
Além disso, Paula Servo destacou a parceria com a Prefeitura de Erechim, realizada através da Secretaria de Saúde. “Podemos dizer que essa parceria com a Prefeitura é o que move financeiramente a Crade, que tem sua principal receita vinda desse convênio, onde temos o repasse de R$ 1.284,57 por mês para cada paciente internado. Essa é uma parceria que dura mais de 20 anos e ela é muito importante para a sobrevivência da nossa entidade. Além disso, não podemos deixar de agradecer as diversas entidades que são nossos parceiros e que nos auxiliam nas demandas que a Crade tem”, disse a psicóloga e responsável técnica da Crade.
Estrutura e rede de apoio
A Crade conta com equipe técnica formada por psicólogo, terapeuta, nutricionista, monitores, oficineiros e voluntários para o desenvolvimento das mais diversas atividades. “Essa equipe multidisciplinar forma uma rede de apoio que garante que os nossos pacientes façam o tratamento e retornem para a sociedade, com expectativa de vida, emprego e com o vínculo familiar fortalecido. Podemos afirmar que a maioria dos nossos pacientes, após o tratamento, voltam para a sociedade com emprego e local para morar”, declara Paula Servo.
Esse resultado positivo na mudança de vida dos pacientes deve-se em grande parte a rede de apoio que a Crade conta. “São muitas entidades que nos ajudam. Desde a conquistar melhorias nas estruturas físicas do local, bem como na reinserção das pessoas na vida em comunidade. Por isso, fazemos questão de reforçar que a grande maioria das pessoas que passam por tratamento aqui, se recuperam com dignidade e voltam para as suas vidas em sociedade, com trabalho, renda, moradia e, não retornam para o uso de substâncias, estando completamente preparadas para viverem em comunidade. Por isso, temos que agradecer a todos que integram essa rede de apoio que salva muitas vidas e proporciona que todos tenham uma segunda chance de seguir em seus caminhos com dignidade e respeito”, finaliza a psicóloga e responsável técnica da Crade, Paula Servo.
Por Comunicação PME