Na última quarta-feira (26), aconteceu uma importante reunião entre a Empresa Transportes Gaurama, o governo municipal, representantes da câmara de vereadores e a Ager para analisar um pedido de reequilíbrio financeiro. Segundo o meu passarinho, a empresa teria entregando uma planilha de custos para continuar executando o serviço.
Dados levantados por esta coluna, dão conta que em 2024, 2.763.750 passageiros usaram o transporte coletivo de Erechim, representando uma média de 230.312 usuários por mês.
Deste total, 351.792 fizeram uso do transporte de forma isenta de pagamento, por serem aposentados ou PCDs (Pessoa com Deficiência), representando mensalmente uma média de 29.316 usuários. Além disso, o número de estudantes que também utilizaram o serviço alcançou 295.208 passagens com 50% de desconto, uma média mensal de 24.600 passagens estudantis ou 12.300 passagens integrais.
Desta forma, o total de passagens não pagas em 2024 foi de 499.392, uma média de 41.616 por mês. Número que representa um montante de quase R$ 3 milhões (R$ 2.996.352,00) durante todo o ano. Este valor é suficiente para comprar quase quatro ônibus novos e modernizar a frota existente atualmente.
Em 2025 esta rotina segue a mesma lógica, onde a empresa responsável pelo serviço em Erechim já registrou um prejuízo contábil de R$ 115.035,13 nos dois primeiros meses do ano.
Segundo os cálculos da empresa, para cobrir todos o custos e continuar operando o serviço, o valor da passagem deveria ser de R$ 7,46. Quase impossível a prefeitura aprovar este valor. Uma nova reunião está agendada para o mês de abril, onde uma solução deverá ser adotada. Não se descarta a opção do executivo municipal subsidiar este custo e a empresa continuar operando o serviço.