Revitalização do “Castelinho” deve acontecer ainda neste ano

Alvo de muitas polêmicas e comentários devido ao seu estado de abandono e deterioração, o prédio histórico de Erechim, conhecido como Castelinho, passará por uma reforma e revitalização de seu espaço.

O prefeito de Erechim, Paulo Polis, solicitou ao secretário de Cultura, Wallace Soares, um estudo para reformar e revitalizar esse que é um dos principais símbolos da cidade.

Em entrevista ao programa Estúdio Boa Vista, da Rádio Cultura, na manhã desta sexta-feira (7), Wallace Soares destacou a importância do prédio como patrimônio histórico. “Ele está presente na nossa bandeira e em vários símbolos de Erechim. Trata-se de um prédio tombado pelo patrimônio histórico do Rio Grande do Sul, e precisamos mantê-lo literalmente em pé. Mas não apenas a estrutura em si: é preciso dar a ele uma finalidade, permitir que as pessoas possam visitá-lo e que ele gere recursos para sua própria manutenção”, afirmou.

O secretário explicou que, desde que assumiu a Secretaria de Cultura, o foco principal tem sido buscar recursos para o restauro do prédio. Para isso, ele já esteve na capital do estado tratando do assunto. Juntamente com o presidente do Legislativo erechinense, o vereador Fifo Parenti, foram sinalizados recursos das sobras da Câmara de Vereadores, em torno de R$ 2 milhões, que serão somados aos recursos do Poder Executivo.

Wallace também abordou críticas relacionadas à aplicação de recursos, especialmente de pessoas que argumentam que o dinheiro destinado à recuperação do Castelinho deveria ser investido em saúde. Ele esclareceu: “Esses editais, a nível estadual e federal, são específicos para o patrimônio histórico. Se não forem utilizados para esse fim, outras cidades que possuem patrimônios históricos receberão os recursos. Como nós temos esse bem que precisa ser restaurado, é importante realizar o cadastro nos editais dos governos estadual e federal. Além disso, esses editais são de compensação de impostos, ou seja, empresas de nossa cidade que geram impostos podem ter dedução diretamente dos valores investidos em projetos culturais devidamente aprovados, o que representa uma economia tributária relevante e ajuda no restauro do nosso patrimônio.”

Formação de uma Associação para buscar recursos

O secretário ressaltou, ainda, que não adianta apenas restaurar o prédio sem pensar em sua manutenção futura. “Trata-se de um projeto grandioso. O Castelinho tem cinco andares e é um prédio histórico. Poucas empresas têm capacidade para realizar sua reforma. A ideia de formar uma associação é justamente para captar recursos para sua manutenção, como já acontece com o Projeto Sentinela e o Instituto Cultural Bota Amarela”, explicou.

Wallace enfatizou que a formação de uma associação para esse fim não pode ter vínculos políticos. “Se estamos falando em captação de recursos, o principal local para isso é a Câmara de Vereadores, já que cada vereador tem recursos de emendas impositivas. Se a associação tiver um viés político, isso limitará muito a captação de recursos. Portanto, a criação de uma associação deve vir da movimentação civil, do empresariado e de associações já constituídas. Dessa forma, será possível buscar recursos nos governos estadual e federal, que são os canais competentes para viabilizar verbas através de editais. No entanto, a concorrência com outras cidades é grande. A nível municipal, temos os recursos das emendas impositivas, e quanto mais desvinculado da política, melhor.”

Por: Edson Machado da Silva

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