Polis diz que possíveis candidatos às eleições de 2026 não podem fazer “autofagia”

A Regional do MDB realizou, na quinta-feira (27), uma importante reunião no Clube Caixeiral, dando o pontapé inicial para a escolha de pré-candidatos a deputados estadual e federal pela Região do Alto Uruguai.

O prefeito Paulo Polis, filiado ao MDB, comentou no Estúdio Boa Vista na sexta-feira (28), sobre o processo democrático de escolha de nomes. Ele afirmou que a reunião desta semana foi regional e que, dentro dela, cada um pôde expressar sua opinião. Em sua avaliação, o encontro foi muito positivo, contando com mais de 100 participantes. Agora, o trabalho consiste em chegar a um consenso e unificar em torno de uma pessoa.

Polis sugeriu aos participantes que, dentro de dois meses, realizem visitas às executivas da região para saber se desejam um candidato regional. “Bom, se querem, então precisamos saber se irão entrar em campo ou ficarão na torcida. Há quem diga: ‘Eu torço para que ele ganhe’. Só isso não serve, tem que ajudar, tem que trabalhar. Nesse sentido, a regional do MDB vai trabalhar”, afirmou.

O prefeito reafirmou, mais uma vez, que não concorrerá a deputado e que é natural que outras pessoas se coloquem à disposição.

Sobre o posicionamento do presidente da AMAU e prefeito de Marcelino Ramos, Delfim, que ficou chateado após a reunião, Polis brincou: “O Delfim, se você deixar ele internado uma semana no Santa Terezinha, ele já quer ser o presidente do hospital. Eu disse isso para ele. Estou brincando, Delfim, eu gosto demais de você”, concluiu. Ele destacou, porém, a importância de se ter cuidado, pois Delfim é uma liderança incontestável. “Ele concorreu à presidência da Famurs, foi bem votado, obteve 50 votos na época, inclusive o meu. Só não ganhou porque havia outro candidato mais experiente. Ele queria ser presidente da AMAU, e eu ajustei isso dentro do partido, conversando com outros prefeitos. Ele ganhou esse espaço e hoje é o presidente. Mas é preciso cuidado, porque ele terá que renunciar no ano que vem e, então, ficará fora. Acho que ele tem visibilidade, e isso é fantástico, mas é preciso ter cuidado. Às vezes, você olha no espelho e acha que tem três metros de altura, que tem bala na agulha para ser senador, ou vereador, mas não é bem assim”, disse Polis.

O prefeito elogiou o trabalho de Delfim na AMAU e afirmou que ele é um nome natural do MDB para a Famurs no futuro. “Acho que ontem ele percebeu que é importante criarmos um consenso regional, que será discutido. Penso que o nome dele pode ser colocado, assim como os nomes de outras três pessoas de Erechim, e que devemos nos unificar em torno de um só nome. Depois, se for necessário, podemos ir para uma prévia. Polis lembrou: eu já participei de prévias com o PT, com Marino Vani, com Ivar Pavan e Élio Spanhol, e não há problema nisso. Agora, o que não pode é a autofagia, com um querendo puxar a perna do outro e tirar o tapete do outro. Isso não pode. É preciso cuidado, porque às vezes você tem a noção de que é mais forte que outro, mas vamos ver o que a região diz. Não é o que você imagina para si, mas o que a região decide. Esse é o cuidado que se deve ter: evitar a autofagia”, explicou.

Polis também mencionou que o deputado Zanchin tem interesse em concorrer pela região macro norte, sendo um nome forte. “Agora, se tiver candidatos daqui, vamos apoiar os daqui”, afirmou.

Sobre a possibilidade de Jackson Arpini (União Brasil) ser candidato e concorrer, Polis disse que é preciso organizar uma força para ele. “Por que não? Agora, há alguns mdbistas que dirão: ‘Eu prefiro alguém do MDB, vou trabalhar com alguém do MDB’. Ok. Eu não posso falar uma coisa agora e outra depois. Vou defender candidaturas locais. Se houver candidaturas locais, vou defendê-las”, declarou.

Ele citou vários nomes que já se colocaram à disposição: “Tem Jackson Arpini, o vereador Araújo, o próprio Rony Gabriel e o Paparico, que estão sendo mencionados. Todos são bons nomes da cidade, e eu não posso virar as costas para quem é daqui, porque seria completamente contraditório ao que estou falando. Acho que é preciso respeitar o trabalho do partido, e o MDB trabalha com o contexto geral, ouvindo as bases e os municípios. Teremos agora de dois a três meses para fazer isso”, concluiu Polis.

Por: Edson Machado da Silva

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