PT em pé de guerra após eleições: filiados históricos deixam o partido, e vereador reavalia permanência em Erechim
O Partido dos Trabalhadores (PT) de Erechim realizou duas avaliações após as eleições municipais: uma delas no Estar no Chile, com a presença de alguns integrantes do PDT, e outra na sede do partido, na rua Aratiba, exclusiva para filiados do PT. Na reunião na sede, ocorreram discussões intensas sobre o resultado das eleições, a formação do diretório municipal e a coligação com o PDT. As discussões culminaram na saída de dois filiados históricos, Emílio Nadaletti e Claudionor Bernardi.
“Decidi sair porque não concordo com a formação do diretório e o rumo que a eleição municipal tomou”, afirmou Emílio Nadaletti. Já o ex-presidente Claudionor Bernardi foi ainda mais incisivo: “Tudo começou na formação do diretório, em que o presidente do partido o estruturou conforme sua própria vontade. Em seguida, a direção estadual veio apenas para referendar os nomes. Na coligação, buscaram o PDT, embora a maioria dos pedetistas sejam alinhados com o bolsonarismo, e a coligação foi praticamente imposta de cima para baixo. Montaram a nominata dos candidatos a vereador de forma juridicamente irregular, o que resultou em candidaturas que foram impedidas. Além disso, o tom da campanha foi completamente diferente do que havíamos combinado. Continuo sendo socialista, mas agora fora do PT”, declarou Bernardi.
Outro membro do PT que está insatisfeito é Paulo Moraes (conhecido como Paulão do PT). “Foi realmente um vuco-vuco. Coloquei todas as cartas na mesa. Por erros de algumas pessoas do partido, deixei de me eleger mais uma vez. Se quiser continuar na política, vou ter que reavaliar muito bem o caminho que vou seguir. Mas uma coisa é certa: não sou oposição ao governo de Paulo Polis e, inclusive, insisti que o Balen deveria fazer parte da base do governo”, declarou Paulão, suplente de vereador pelo PT.