A Central de Transplantes da Secretaria da Saúde (SES) promove, nos dias 26 e 27 de setembro, uma capacitação voltada para equipes e coordenadores das Comissões Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott) e Organizações de Procura de Órgãos (OPOs). O curso está sendo realizado na Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs) e faz parte da programação da Semana Estadual de Doação de Órgãos.
De acordo com Plano Estadual de Doação e Transplantes do Rio Grande do Sul, há 67 Cihdott no RS. Formadas por equipes multiprofissionais da área de saúde, elas têm a finalidade de organizar, dentro dos hospitais, rotinas e protocolos que possibilitem o processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes. O Estado também conta com sete OPOs, que estão sediadas em hospitais das macrorregiões Metropolitana, Serra, Vales e Norte.
“A formação continuada é uma das atividades mais importantes da Central de Transplantes, pois são justamente essas pessoas e equipes que estão na ponta e que fazem o transplante ser possível, realizando diagnóstico de morte encefálica, acolhendo as famílias e fazendo a entrevista”, ressalta o coordenador da central, Rogério Caruso. Segundo ele, é necessário que a coordenação estadual priorize a atenção às equipes que estão na ponta, oferecendo suporte e subsídios técnicos. A programação do curso aborda, entre os temas, aspectos éticos e legais, familiares e sociais da doação e dos transplantes de órgãos e o diagnóstico de morte encefálica.
De janeiro até 19 de setembro, foram realizados 1.149 transplantes de órgãos no Estado. O número de doadores efetivos, dos quais foi possível a retirada de algum órgão, chegou a 158, equivalentes a 30% das notificações dos hospitais sobre pacientes com morte cerebral, potencialmente aptos para doações. O percentual supera a média no país, que é de 19%, e fica levemente abaixo dos 33% registrados em 2023. Há 2.634 pessoas na lista de receptores ativos.
Vinculada ao Departamento de Regulação Estadual (DRE), da SES, a Central de Transplantes organiza o funcionamento das estruturas especializadas para a procura e a doação de órgãos, tecidos, células e partes do corpo humano para transplante. A central e as equipes assistenciais dos hospitais constituem a rede de procura e doação, responsável por assegurar a notificação de morte, a avaliação e o acompanhamento de doadores e de suas famílias, de acordo com as características da rede assistencial e em conformidade com as normas complementares do Sistema Nacional de Transplantes.
Por Redação Jornal Boa Vista