O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela anunciou nesta segunda-feira (29) a vitória do atual presidente do país, Nicolás Maduro, nas eleições realizadas no domingo (28).
Segundo o órgão, ele obteve mais de 51% dos votos (5,15 milhões) dos eleitores que compareceram às urnas. O principal opositor na disputa, Edmundo González, ficou com 44% (4,44 milhões), conforme o órgão.
Maduro foi reconduzido ao cargo para um novo mandato de seis anos, de janeiro de 2025 a janeiro de 2031. Após a divulgação do resultado, ele disse, em discurso a apoiadores em frente ao Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano, que sua reeleição é o “triunfo da paz e da estabilidade”.
“O povo disse paz, tranquilidade. Fascismo na Venezuela, na terra de Bolívar e Chávez, não passará”, declarou.
O anúncio da reeleição de Maduro acontece em meio a críticas da comunidade internacional em relação à transparência do processo eleitoral na Venezuela. A vitória representa a continuidade do chavismo, que chegou ao poder em 1999 com Hugo Chávez. Em 2013, após a morte de Chávez, Maduro assumiu a presidência e segue no cargo desde então.
Oposição
A oposição, que tem denunciado irregularidades no processo eleitoral, contestou os números divulgados pelo CNE. Resultados de pesquisas de boca de urna indicavam a vitória de Gonzáles por larga vantagem.
“Queremos dizer ao mundo que a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo González”, disse Maria Corina Machado, a líder da oposição que foi impedida pelo governo de Maduro de disputar as eleições.
Em breve discurso, González – que assumiu a candidatura após o impedimento de Maria Corina – afirmou que não descansará “até que a vontade popular seja respeitada”.