A Escola Básica da URI reuniu pais dos alunos para esclarecer um tema cada vez mais frequente: o TDHA (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). O encontro, realizado na quinta-feira, 23, às 19h, no Salão de Atos, contou com a presença da médica neurologista e docente do Curso de Medicina da URI, Juliane Sauter Dalbem, e a Psicóloga Silvana Kirsten Zill.
No bate-papo, que fez parte do projeto Família na Escola, a neurologista destacou, principalmente, os distúrbios do sono, dependência da Internet, disfunção e, consequentemente, a desatenção, hiperatividade e impulsividade.
Segundo a médica Juliane Dalbem, o não tratamento adequado do TDHA, o qual é considerado seguro e eficiente, trará prejuízos inevitáveis na vida acadêmica e profissional, como autoestima, dificuldade de interação social e problemas comportamentais na idade escolar. Na adolescência, podem surgir traumas físicos, problemas legais, tabagismo e autoestima reduzida. Já na vida adulta, fracasso acadêmico e profissional, abuso de substâncias, traumas e amor-próprio abalado. “Sem dúvida, o tratamento, o qual é imprescindível, envolve família, escola, acompanhamento psicológico e farmacológico”, afirmou a docente.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) prevê a dependência da Internet como uma doença, a qual acarreta sofrimento psicológico, evasão escolar e baixo rendimento. Por isso, a família precisa estar atenta, monitorar o uso da Internet e determinar horários e rotina.
De acordo com a Psicóloga Silvana Zill, a liberdade sem limites nas redes sociais e internet é um perigo. Afinal, os pais são os primeiros educadores e devem ser padrões de referência intelectual, cultural e social. O desenvolvimento cognitivo e psicossocial precisa de responsividade. A família precisa exercer a parentalidade, mostrando a importância da disciplina, da rotina, da frustração como amadurecimento. Para ela, o tempo de qualidade em família propicia memórias positivas, reduz o estresse e aguça a criatividade.
A iniciativa contou com a participação de professores da Escola, de pais entre os níveis Fundamental1, Fundamental 2 e Ensino Médio e se constituiu realmente uma oportunidade de repensar comportamentos estereotipados e considerados modernos, porém, não saudáveis.
Por Assessoria de Comunicação