Greve dos servidores federais e suspensão do calendário acadêmico do IFRS Erechim completa um mês e alunos seguem sem aula
Mesmo com as demais instituições federais da região (UFFS Erechim e IFRS Farroupilha) com aulas normais, a situação do IFRS campus Erechim destoa desta realidade.
A greve foi definida em assembleia do Sindicato Nacional dos Servidores Federais de Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) – Seção Sindical Bento Gonçalves, realizada no dia 03 de abril. O sindicato representa docentes e técnico-administrativos em educação (TAE) do IFRS.
Já a suspensão temporária do calendário acadêmico foi uma decisão tomada pelo Conselho de Campus (Concamp), em reunião extraordinária realizada no dia 12 de abril e ocorre desde então.
Ocorre que desde então todos os alunos estão sem aulas e não há nenhum movimento visível do comando de greve que possa ser apoiado ou contestado. Já houve uma assembleia em 25 de abril e noticiado um acordo do governo federal com a categoria reajustando em 52% o auxílio-alimentação, passando de R$ 658 para R$ 1 mil. Além disso foram reajustados também o auxílio-saúde, que passou de R$ 144,38, para cerca de R$ 215 e o auxílio-creche passando de R$ 321 para R$ 484,90.
No mesmo dia o Sinasefe informou ao campus através de um e-mail que o acordo foi rejeitado pela categoria. Desde então, a única informação que os pais receberam, foi de que haverá uma nova reunião com representantes do governo e dos sindicatos que representam a categoria no próximo dia 13 de maio.
Descontentes com a suspensão do calendário acadêmico do Instituto Federal do Rio Grande do Sul – Campus Erechim, centenas de pais de alunos do ensino médio integrado, reuniram-se na última terça-feira (7) para dialogar com a direção do Campus, na busca de uma convergência entre o comando de greve e o Conselho de Campus (Cocamp), visando o retorno às aulas.
Na reunião, os pais lotaram o auditório e foram gentilmente recebidos pela direção do campus, que demonstrou estar aberta ao diálogo para buscar a melhor solução e retornar às aulas o mais breve possível, mas que a decisão precisa ser tomada pelo Concamp. Na ocasião, os pais nomearam quatro representantes para tentar abrir um diálogo com o comando de greve e o Concamp, também visando a melhor solução e a retomada do calendário acadêmico.