A Secretaria Estadual de Saúde (SES) alega que no ano de 2015 teria realizado em duplicidade o montante de R$ 1.900.000,00 para a Fundação Hospitalar Santa Terezinha de Erechim (FHSTE) e agora o governo do RS solicita a devolução deste valor, considerando que se trata de um pagamento indevido. No início da semana o prefeito, Luiz Francisco Schmidt, o secretário municipal de Saúde, Dércio Nonemacher, o assessor técnico da Secretaria Municipal de Saúde, Jackson Arpini, e o diretor executivo da FHSTE, Hélio Bianchi, estiveram em Porto Alegre cumprindo agenda e participaram de audiência na SES para, entre outros assuntos, negociar a dívida, com o secretário adjunto e diretor do Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial, Francisco Paz.
O Estado quer que o montante seja devolvido em três parcelas, o que inviabilizaria os serviços do hospital, que há longo tempo vem enfrentado dificuldades financeiras, tendo o próprio Estado atrasado por diversas vezes o pagamento de repasses. Para se ter uma ideia, ano passado, ainda havia passivos no valor de R$ 2,3 milhões referentes ao ano de 2014, que, na época, se dizia, seriam pagos em 36 parcelas e não em três como o governo quer receber agora.
Caso as negociações com o Estado não alcancem maiores evoluções que favoreçam também o município, creio que a solução é simples, basta alegar não ter o dinheiro necessário e parcelar o pagamento conforme entrada de caixa. Se por 21 meses a estratégia serviu para pagar parte do funcionalismo estadual, não deveria encontrar empecilhos se usada em uma espécie de sentido inverso.
Por Alan Dias/JBV Online