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Em dois anos, RS deve ter cobrança de pedágio proporcional a trecho percorrido

Num primeiro momento, praças físicas serão substituídas por pórticos digitais; motorista terá 15 dias para pagar a tarifa

O Rio Grande do Sul começará ainda em 2023 a transição de modelo de cobrança de pedágio do sistema tradicional, com praças físicas, para o formato free flow, no qual os motoristas têm passagem livre por pontos pré-estabelecidos de cobrança e recebem as faturas em um segundo momento. A mudança começará pelas rodovias administradas pela concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG), que opera estradas na Serra e no Vale do Caí (veja abaixo quais são as rodovias). 

Em um primeiro momento, a mudança será apenas de tecnologia, sem alteração das tarifas e do sistema de cobrança de pedágio. Isto significa que, inicialmente, os locais de cobrança e as tarifas serão as mesmas, mas em vez de praças de pedágio físicas, haverá pórtico digital,  conhecidos como free flow, para identificar a passagem de cada carro e encaminhar a cobrança digital.

Em um segundo momento, mudará também o valor a ser pago. Dentro de cerca de dois anos, as tarifa serão cobradas por trecho percorrido. Ou seja, motoristas que andarem menos na rodovia não pagarão o valor integral

De acordo com o diretor da CSG, Ricardo José Peres, aditivo contratual vai permitir que a concessionária troque as praças de pedágio físicas pelos pórticos digitais.

Conforme o governo do Estado, a primeira troca de praça física por pórtico digital acontecerá na RS-122, em Flores da Cunha. A instalação será iniciada em setembro e o começo da cobrança deve acontecer em dezembro. O RS será o primeiro Estado do país a ter o esquema free flow em rodovias estaduais.

De acordo com o diretor da CSG, dentro de cerca de dois anos, há a previsão de novo aditivo contratual ser assinado, prevendo o free flow tradicional, em que a rodovia tem vários pórticos que permitem cobrar tarifas proporcionais ao trecho percorrido pelo motorista.

O governador do RS, Eduardo Leite, participou da entrevista coletiva, na manhã desta quinta-feira (17), na qual foi feita o anúncio.

— Depois de dois anos de estudos e análise de dados, partiremos para a análise da segmentação. A partir daí, poderemos segmentar também os valores das tarifas a serem cobrados — disse Leite.

As rodovias

O bloco administrado pela concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) tem 271,5 quilômetros e compreende as seguintes estradas:

  • RS-122 (km 0 ao 168)
  • RS-240 (km 0 ao 33)
  • RS-287 (km 0 ao 21)
  • RS-446 (km 0 ao 14)
  • RS-453 (km 101 ao 121)
  • BR-470 (km 220 ao 233)

Primeira etapa: cobrança pelos pórticos

  • No primeiro momento, apenas mudará a forma de cobrança, que será feita pelos pórticos digitais e não mais pelas praças de pedágio.
  • Os pórticos identificam os veículos — placa e número de eixos — no sistema.
  • O condutor terá 15 dias para fazer o pagamento da tarifa, que poderá ser quitada de forma física ou digital.
  • Veículos com TAG terão a cobrança automática e desconto de 5%.

Segunda etapa: cobrança por trecho percorrido

  • Na segunda etapa, os motoristas pagarão a tarifa de acordo com o trecho percorrido.
  • Atualmente, numa rodovia com 60 quilômetros e com pedágio ao valor de R$ 10, o motorista terá de pagar a quantia integral, independentemente de quanto trafegar pela via.
  • Neste mesmo exemplo, no modelo que deve entrar em vigor em dois anos, haverá quatro pórticos digitais, um a cada 15 quilômetros, com a cobrança de R$ 2,50 em cada um deles.

Fonte: GaúchaZH 

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