Integrantes do Grupo de Trabalho dos Hospitais de Pequeno Porte (HPPs) da AMAU (Associação de Municípios do Alto Uruguai) – os prefeitos de Jacutinga, Beto Bordin, de Gaurama, Leandro Puton, de Ponte Preta, Josiel Fernando Griseli, e de Mariano Moro, Irineu Fantin, participaram, na manhã desta terça-feira, 8, de uma reunião da Associação das Federações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) com a secretária da Saúde, Arita Bergmann. O encontro também contou com a presença de outros prefeitos que possuem hospitais pequenos e do assessor técnico da Famurs, Paulo Azeredo.
A pauta foi a situação dos Hospitais de Pequeno Porte, com vistas a garantir a emissão de alvará de HPP e financiamento público para estas casas de saúde; permissão para a internação nestes hospitais por um período maior; capacitação aos gestores; adequação das estruturas físicas e operacionais e estímulo ao processo de descentralização dos serviços de saúde. O Grupo também defendeu a aprovação do Projeto de Lei 59/2020, que tramita na Assembleia Legislativa, referente aos Hospitais de Pequeno Porte.
Na reunião, ficou acertado que a Secretaria Estadual da Saúde fará um diagnóstico da situação de cada hospital, por meio de um estudo do potencial das estruturas disponíveis que poderiam ser hospital de referência, de leitos com cuidados prolongados, para partos e para realizar cirurgias, além de alinhar orientações técnicas. O diagnóstico deverá ser realizado até a próxima reunião do grupo, marcada para o dia 22/11.
ATENDIMENTO HUMANIZADO
Segundo o prefeito de Jacutinga, Beto Bordin, no Estado são 48 HPP até 30 leitos, sendo 12 Padu (Pronto Atendimento de Urgência). “O nosso objetivo é garantir a emissão do alvará para o Hospital de Pequeno Porte. Visamos garantir recursos, seja para estruturar maternidades, blocos cirúrgicos, internações ou outros serviços”, destaca Bordin. Conforme explica, há serviços que poderiam ser realizados por estes estabelecimentos de saúde em cidades menores, evitando o deslocamento de pacientes para municípios maiores, ficando o paciente próximo da família e da sua comunidade.
O prefeito de Jacutinga afirma que os prefeitos saíram satisfeitos da reunião, uma vez que a secretária se dispôs a realizar um estudo do potencial de cada um dos hospitais. “Garantir internação de mais de 24 horas e realizar pequenas cirurgias vai ajudar a salvar os hospitais e permitir que fiquem de portas abertas. Hoje, são recursos dos municípios que são investidos para garantir que estes estabelecimentos continuem funcionando e atendendo os pacientes perto das suas famílias, de forma mais humanizada”, conclui Bordin.