A 5ª edição do Festival de Dança de Erechim encerrou no domingo, 31, consolidando-se como espaço de expressão artística, troca cultural e promoção social. Com intensa participação do público, que esteve presente no Pólo de Cultura da ACCIE durante os cinco dias, o evento considerado o maior festival de dança do norte gaúcho reuniu escolas e grupos de diferentes regiões do país, oferecendo apresentações, oficinas, palestras e rodas de conversa gratuitas, além de recursos de acessibilidade para inclusão de pessoas com deficiência.
O festival contou com 101 escolas inscritas, 357 coreografias apresentadas e mais de 1.400 participantes, números recordes desde sua criação.
Promovido pela Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim (ACCIE), em parceria com a Prefeitura Municipal, com apoio da Associação Gaúcha de Dança (ASGADAN), patrocínio da Cavaletti Cadeiras Profissionais e financiamento via Pró-Cultura RS, o festival proporcionou experiências que vão além da competição, com foco na formação artística e no fortalecimento da cultura local.
AVALIAÇÕES
A comissão avaliadora destacou o alto nível técnico e artístico das apresentações, bem como o caráter inclusivo do evento e a estrutura que ofereceu aos participantes e ao público.
Anna Koblova, bailarina e professora formada na Academia Estatal de Coreografia de Moscou, destacou a performance dos participantes, elogiando a integração entre técnica e emoção no palco. “Em um evento como esse todos ganham experiência, não é somente uma execução técnica, como na parte competitiva, mas essa competição não come a parte artística, pelo contrário, acrescenta com todo esse apoio técnico, apoio acolhedor, em que tudo é bem pensado, organizado. Há ensaio antes de apresentação, horários bem definidos, alimentação, camarim, todas as coisas para os alunos se sentirem bem e se prepararem da melhor forma”. Koblova enfatizou ainda a inclusão do evento, relatando que não tem referência de outro festival no Brasil com esse nível de atenção à acessibilidade.
Jean Mendes, bailarino e coreógrafo, reforçou a importância do evento. “É a primeira vez que venho como jurado para este festival. Fiquei impressionado com a organização e o cuidado com os bailarinos. O formato do festival é sensacional, só tenho elogios”, completou.
Isabel Willadino, professora, coreógrafa e representante da Associação Gaúcha de Dança (ASGADAN), apontou para a diferença e a relevância do Festival de Dança de Erechim desde sua primeira participação, em 2019. Ela elogiou a gratuidade do evento, a inclusão e o cuidado com os participantes. Para ela, o bem-estar do bailarino é prioridade, e o festival se destaca pela acessibilidade. “O festival é acessível, oferece oficinas gratuitas e valoriza cada participante. Aqui temos libras, áudio descrição, rampas de acesso ao palco e espaço para cadeirantes. É um dos melhores que já visitei”, afirmou.
Willadino também ressaltou a abrangência cultural do evento, com oficinas em escolas públicas e apresentações pela cidade, reforçando seu impacto positivo na comunidade e na economia. “Eu admiro muito esse festival, não me canso de dizer: parabéns, Erechim. Contem comigo para o que precisarem”, concluiu.
IMPACTO CULTURAL
Participantes e familiares reforçaram o impacto cultural e social do festival. Leandro Lopes dos Santos, professor da Petipa Escola da Dança, de Passo Fundo, apontou para a importância de eventos culturais na região. “Este festival dá uma oportunidade para a cultura do Rio Grande do Sul e do Brasil. Projetos gratuitos e acessíveis solidificam a dança na comunidade”.
Geovana Zambonatto Farina Cavanhi, mãe de um bailarino do grupo Avanti, de Erechim, relatou o quanto as oportunidades oferecidas pelo Festival têm acrescentado na formação do filho. “Meu filho tem oito anos e participa do festival desde pequeno. É bom para eles enfrentarem um público maior, se desafiarem e desenvolverem disciplina. A estrutura e o incentivo tornam isso possível”, disse.
Bianca Secco, de Carazinho, destacou a valorização do artista. “O evento é muito importante para nossa cena interiorana. Todas as oficinas são gratuitas e os profissionais são de altíssima qualidade. É muito bacana participar novamente”, concluiu.
Vanessa Kurek, da Ritmia Saúde e Movimento, acrescentou o caráter inclusivo e de troca que o evento proporciona. “O festival é humanizado. Todos se sentem bem aqui. As crianças adoraram e já estão ansiosas para a edição do ano que vem.”
ENCERRAMENTO E PREMIAÇÕES
Durante a cerimônia de encerramento, autoridades e organizadores destacaram a relevância do festival. A diretora de Cultura da ACCIE e coordenadora do festival, Sandra Mariga Bordini, declarou estar emocionada com os resultados desta edição. “É impossível não me emocionar ao estar aqui no encerramento de uma jornada que começou há meses. Aqui em Erechim, nossa capital da amizade, acolhemos cada pessoa para mostrar seus talentos e viver plenamente a dança”.
Representando a empresa Cavaletti Cadeiras Profissionais, patrocinadora do evento, Mário Cavaletti, declarou estar orgulhoso ao contribuir para a realização do Festival. “Nossa empresa está muito feliz por apoiar este evento. Sem os bailarinos e a equipe organizadora, nada disso seria possível. Parabéns a todos pelo empenho”, disse.
Em seu pronunciamento, o presidente da ACCIE, Darlan Dalla Roza, foi celebrado pelo público ao anunciar a próxima edição do Festival de Dança de Erechim. “Dia 26 a 30 de agosto de 2026 teremos a 6ª edição do festival, em um espaço mais amplo e confortável. Vida longa ao Festival de Dança de Erechim”, declarou.
Representando o Poder Executivo Municipal, Deloan Perini, diretor de Cultura, ressaltou o caráter transformador do evento. “Foram cinco dias de transformação cultural. A Secretaria de Cultura está de portas abertas para fomentar a dança e a arte em nossa cidade. Viva o Festival de Dança de Erechim 2026!”, comemorou.
Após os pronunciamentos, foram divulgados os vencedores e destaques do festival, encerrando oficialmente a 5ª edição do evento e consolidando seu papel como espaço de valorização artística, social e cultural para a comunidade de Erechim e região.
Por: Maria Lucia Carraro Smaniotto
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