Fraudes no Pix explodem e causam prejuízo de R$ 4,9 bilhões em 2024
Golpes com engenharia social e contas de passagem desafiam a segurança do sistema e pressionam por ações mais rigorosas do Banco Central
As perdas financeiras com fraudes no sistema Pix cresceram 70% em 2024, atingindo a marca de R$ 4,9 bilhões, segundo dados oficiais do Banco Central. O número de casos também disparou: apenas em janeiro de 2025, foram registradas mais de 324 mil notificações de fraude, com média mensal de 390 mil ocorrências ao longo do último ano.
Entre os principais golpes, destacam-se aqueles baseados em engenharia social, onde criminosos se passam por funcionários de bancos ou empresas. Também são comuns os ataques de phishing, que envolvem o envio de links falsos por SMS ou e-mail, além da clonagem de perfis em redes sociais e uso de contas de passagem, dificultando o rastreamento dos valores transferidos.
Eficácia limitada das devoluções
O Banco Central conta com o Mecanismo Especial de Devolução (MED), que permite que vítimas de fraude solicitem a reversão dos valores indevidamente enviados. No entanto, a eficácia é limitada. Quando os golpistas utilizam contas intermediárias para desviar rapidamente os recursos, recuperar o dinheiro se torna quase impossível.
Reação do Banco Central
Para enfrentar o problema, o BC prepara o MED 2.0, previsto para 2026, com capacidade de rastrear recursos além da primeira conta receptora. Outras medidas incluem exclusão de chaves Pix vinculadas a dados irregulares na Receita Federal, com multa prevista de até R$ 50 mil para instituições que descumprirem a regra.
Pressão por punições mais duras
Com o crescimento exponencial das fraudes, cresce também a pressão por medidas mais severas. Entre as propostas estão o banimento temporário de pessoas envolvidas em aluguel de contas e maior responsabilização de instituições financeiras que concentram grande número de contas fraudulentas.
Com informações ClicRDC
